Há 10 dias, o milho negociado na bolsa de Chicago atingiu a maior cotação da história. Chegou a US$ 7,99 por Bushel. Mas o preço começou a cair. Segundo analistas, a expectativa de aumento na produtividade das lavouras americanas e as vendas por parte de fundos de investimentos ajudaram a empurrar as cotações para baixo.
? Essa questão da queda dos subsídios nos Estados Unidos ainda não impactou nos preços. Quanto mais próximo, a possível decisão vai ter forte impacto ? disse Sebastião Gulla, analista de mercado.
O economista Flávio Oliveira e o analista de mercado agrícola, Anderson Nascimento, concordam. Como ainda não houve uma aprovação definitiva do fim dos subsídios ao etanol americano, o mercado ainda não foi influenciado por isso. A perspectiva para as próximas semanas é de variação ainda maior nas cotações do milho na CBOT. Especialistas acreditam que a incerteza deve permanecer pelo menos até o fim do mês.
? A tendência é ficar volátil junto ao movimento de dólar, petróleo e euro até que tenha uma colocação no dia 30 deste mês, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) soltar o relatório trimestral que define os números da safra nova americana de milho e níveis de produtividade acompanhando o clima. Até lá, o mercado fica ligado ao macro, e a volatilidade é grande ? disse Flávio Oliveira.
Para o analista de mercado agrícola, Anderson Nascimento, a volatilidade vai estar muito presente. Segundo ele, podemos ter preços melhores, como piores.