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Milho registra desvalorização em abril

Cotações apresentaram recuo de 11,6% no mês passado, diz CepeaO milho registrou forte desvalorização em abril, pressionado pelo avanço da colheita, as estimativas que apontam boa produtividade da segunda safra, o enfraquecimento do dólar e o clima, que favoreceu a produção doméstica e dos Estados Unidos. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. 

Fonte: Carlos Roberto Dellavalle Filho/Lagoa Vermelha (RS)

O Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), teve queda de 11,6% no mês, fechando a R$ 25,98 a saca de 60 quilos.

Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto da Nota Promissória Rural – tradicionalmente usada como referência de taxa de desconto para trazer valor a prazo para à vista –, o preço médio à vista foi de R$ 25,49 a saca, queda de 11,5%. 

Boa oferta de milho mantém preços em queda

Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, houve queda de 10,9% no mercado de balcão (ao produtor) e de 8,3% no de lotes (negociação entre empresas).

Em relação à produtividade nacional, o Cepea citou dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostrando que a produção do estado deve subir 0,45%, mesmo com parte de o cultivo ter ocorrido fora da “janela ideal”. No caso do Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) indica que a produtividade deve atingir 5,310 mil quilos por hectare, enquanto no Rio Grande do Sul a produção deve aumentar 5% ante a temporada passada, segundo a Emater.

Brasil deve produzir 82,32 milhões de toneladas, diz Safras

A desvalorização do dólar em abril – queda de 5,57% em relação ao real – teve efeito adverso ao reduzir a paridade de exportação. No mês passado, o volume vendido ao exterior (159,2 mil toneladas) ficou 72% abaixo do registrado no mesmo período de 2014. 

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