Segundo dados do Instituto, na primeira safra a área de cultivo foi de 489 hectares, 10% a menos que na safra anterior. E a produtividade também caiu 22%.
– O levantamento de fevereiro da Secretaria indica uma retração, mas como é apenas uma indicação de plantio, não corresponde ao resultado final. Pelo desempenho posterior do mercado, de elevação de preços e regularização do clima se espera que a área plantada não recue, até avance nesta segunda safra. Se não ocorrerem eventos adversos, geadas e estiagem prolongada poderemos ter uma safra normal – explica o pesquisador do IEA, Alfredo Tsunechiro.
O produtor rural Luiz Cruz, plantou milho de primeira safra no final de 2013, em Conchal, interior de São Paulo. Nos dos 2.800 hectares, ele esperava colher 280 mil sacas. Nos primeiros quinze dias o clima até ajudou, o problema aconteceu nos dois primeiros meses de 2014, quando metade da plantação foi perdida, gerando um prejuízo de um R$ 1,5 milhão.
– O sol chegou a queimar as folhas do milho, queimou a flor. Secou, não soltou espiga, tem pé que não tem nem espiga de milho, o que tem está queimado. Saltou um grão ou outro, só – lamenta Cruz.
Segundo estimativas da agência Safras e Mercado, em Mato Grosso do Sul também deve haver aumento do milho segunda safra. A expectativa é chegar a 7,37 milhões de toneladas. Ano passado a produção ficou em 6,7 milhões.
No Estado de Goiás a produção vai ser de 6,76 milhões de toneladas, um milhão a mais do que na safrinha passada.
Já em Mato Grosso, a expectativa é negativa. O estado espera colher 16 milhões de toneladas, três milhões a menos do que em 2013. No Paraná também deve diminuir de 11,8 milhões de toneladas colhidas em 2013, para 10,2 milhões de toneladas nesta safra.