O mercado físico brasileiro de milho deve encerrar a semana com preços estáveis, sustentados por um quadro de oferta limitada e procura ativa pelo cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago (CBOT) apresenta movimentação mista, enquanto o dólar opera em alta frente ao real.
Segundo a Safras Consultoria, as cotações permanecem firmes em várias regiões, especialmente no Sul do país. A Região ainda enfrenta dificuldade na aquisição de lotes, mantendo os preços elevados. No Oeste do Paraná, houve bom volume de negociações, com consumidores buscando posições mais favoráveis.
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No interior de São Paulo, a oferta aumentou, mas os consumidores locais permanecem retraídos. Apesar disso, o Porto de Rio Grande relatou boa saída de milho para exportação, favorecida pela paridade cambial.
Cotações no mercado interno e portos
- Porto de Santos: R$ 79,00/80,00 (compra/venda) por saca (CIF)
- Porto de Paranaguá: R$ 80,00/81,00 (compra/venda) por saca
- Paraná (Cascavel): R$ 70,50/73,50 (compra/venda) por saca
- São Paulo (Mogiana): R$ 71,00/73,00 por saca; Campinas CIF: R$ 76,00/78,00 por saca
- Rio Grande do Sul (Erechim): R$ 74,00/75,00 por saca
- Minas Gerais (Uberlândia): R$ 68,00/70,00 por saca
- Goiás (Rio Verde, CIF): R$ 65,00/66,00 por saca
- Mato Grosso (Rondonópolis): R$ 65,00/66,00 por saca
Cenário internacional
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em março de 2025 registraram queda de 5 centavos de dólar por bushel (-1,02%), cotados a US$ 4,84 3/4 por bushel.
A retração ocorreu após o governo da Argentina anunciar uma redução temporária nas taxas de exportação de grãos. Para o milho, a taxa será reduzida de 12% para 9,5%, incentivando exportações até junho.
Na sessão de ontem, o mercado reagiu ao clima adverso na Argentina, que ameaçou o desenvolvimento das lavouras de milho. No Brasil, o excesso de chuvas na região central atrasou a colheita da soja em estados como o Mato Grosso, gerando preocupações sobre o plantio da segunda safra de milho.
Além disso, os investidores monitoraram os planos do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas a parceiros comerciais e avaliaram a demanda por milho na produção de etanol nos EUA. A desaceleração do dólar frente a outras moedas também trouxe impacto positivo.
Cotações de ontem (23)
- Contratos de março/2025 fecharam em US$ 4,89 3/4 por bushel (+5,50 centavos, +1,13%)
- Contratos de maio/2025 encerraram em US$ 4,99 1/4 por bushel (+5,25 centavos, +1,06%)
As informações indicam que o mercado deve manter a estabilidade, com atenção especial ao clima e à demanda global.