- Boi: mercado físico fica estável, diz Safras & Mercado
- Milho: saca fica abaixo de R$ 95 em Campinas (SP)
- Soja: câmbio volta a pressionar cotações
- Café: arábica encerra forte sequência positiva
- No exterior: atividade econômica decepciona na China em agosto
- No Brasil: taxa de desemprego recua além das expectativas
Agenda:
- Brasil: PIB do segundo trimestre (IBGE)
- Brasil: balança comercial de agosto
- EUA: estoques semanais de petróleo (DoE)
Boi: mercado físico fica estável, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, após alguns dias de quedas, o mercado físico do boi gordo teve um dia de preços pouco alterados. O cenário permanece o mesmo das últimas semanas, com escalas de abate confortáveis por parte dos frigoríficos. Com a entrada dos salários na primeira quinzena de setembro e o feriado, a expectativa é que a pressão de baixa seja menor para a arroba.
Na B3, as quedas predominaram na curva dos contratos futuros do boi gordo, sendo que apenas o vencimento para agosto, em seu último dia de negociação, teve alta. O ajuste do vencimento para agosto passou de R$ 312,30 para R$ 313,48, do outubro foi de R$ 313,55 para R$ 310,55 e do novembro foi de R$ 321,30 para R$ 318,25 por arroba.
Milho: saca fica abaixo de R$ 95 em Campinas (SP)
O indicador do milho do Cepea teve um dia de queda dos preços e ficou abaixo de R$ 95 por saca pela primeira vez desde o dia 6 de julho. A cotação variou -1,11% em relação ao dia anterior e passou de R$ 95,82 para R$ 94,76 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,48%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,71% de alta.
Na B3, a curva de contratos futuros do milho chegou ao segundo dia de queda expressiva, com os vencimentos se aproximando cada vez mais dos R$ 90 por saca. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 93,12 para R$ 91,62, do novembro foi de R$ 92,87 para R$ 91,54 e do março de 2022 passou de R$ 95,22 para R$ 93,77 por saca.
Soja: câmbio volta a pressionar cotações
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), voltou a ficar pressionado pelo câmbio. A cotação variou -0,93% em relação ao dia anterior e passou de R$ 168,51 para R$ 166,95 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 8,48%. Em 12 meses, os preços alcançaram 21,19% de valorização.
Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja chegaram ao quarto dia consecutivo de queda e perderam o patamar de US$ 13,0 por bushel. A desvalorização dos preços está sendo puxada por melhores previsões de chuvas em regiões produtoras nos Estados Unidos. O vencimento para novembro caiu 0,83% e passou de US$ 13,032 para US$ 12,924 por bushel.
Café: arábica encerra forte sequência positiva
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro recuaram em virtude das quedas observadas no exterior, após forte sequência positiva. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.115/1.125 para R$ 1.090/1.095, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.120/1.130 para R$ 1.100/1.105 por saca.
Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica não tiveram forças para superar o patamar de US$ 2,0 por libra-peso e o mercado aproveitou para engatar um movimento de realização de lucros. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, recuou 2,00% na comparação diária e passou de US$ 1,999 para US$ 1,959 por libra-peso.
No exterior: atividade econômica decepciona na China em agosto
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria na China passou de 50,4 em julho para 50,1 em agosto e ficou abaixo do esperado. Quando o indicador está acima de 50, indica expansão da atividade pesquisada. Ou seja, apesar de ainda estar em terreno de avanço, a indústria chinesa mostrou sinais de desaceleração do crescimento.
Enquanto isso, o PMI de serviços chinês passou de 53,3 em julho para 47,5 em agosto. A desaceleração da atividade econômica na China pressionou as cotações de commodities metálicas. Os dados mais negativos em relação às projeções geraram quedas leves nas bolsas globais, pois o mercado passa a reavaliar o ritmo de crescimento econômico mundial.
No Brasil: taxa de desemprego recua além das expectativas
A taxa de desemprego apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) recuou para 14,1% no segundo trimestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre, a taxa havia ficado em 14,7%. O resultado surpreendeu positivamente os analistas de mercado, que projetavam 14,4% no período.
Com o exterior negativo em virtude dos dados mais fracos na China, o Ibovespa teve mais um dia de desvalorização e ficou abaixo dos 119 mil pontos. O principal índice de ações da bolsa brasileira teve baixa de 0,80% e ficou cotado aos 118.781 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,34% e passou de R$ 5,189 para R$ 5,172.