A chuva que atingiu a região na última semana ficou em torno de 10 milímetros. O produtor Leonildo Pereira, já calcula o prejuízo de até 50% na lavoura de 250 hectares.
– Se a chuva chegasse uns 15 dias antes, teria solucionado o problema, mas infelizmente, agora já é tarde demais. Já passou a fase de enchimento de grãos, agora a planta vai morrer. A água este ano já finalizou – disse.
A plantadeira vai vencendo o terreno com pouca umidade, o plantio de milho safrinha na região atrasou em 20 dias por falta de água. As chamadas janelas da agricultura ficaram comprometidas. Segundo o agrônomo Frederico Orasmo, para calcular as perdas nas lavouras de soja, tem que levar em consideração a data de plantio.
– A soja mais precoce foi plantada em outubro, com ciclo mais rápido conseguiram escapar. Já as outras que foram plantadas em novembro, com um ciclo mais longo, a seca fechou o enchimento de grãos e prejudicou o estágio produtivo. Em algumas lavouras chegou matar a soja, o grão que ia se formar morreu. Na região do Triângulo Mineiro tem lavouras com perdas de 10%, 20% e de até 80% – diz o agrônomo.
O produtor Nelson Orasmo acredita que vai colher 45 sacas por hectare na lavoura plantada mais cedo, 15 a menos do esperado. Já na área que foi finalizada em novembro, a produtividade não deve passar de 35 sacas por hectare.
– O prejuízo vai ser grande, não só em relação a soja. O grão do milho não ficou com peso, vai ter perda grande. A gente vai ter dificuldades para cobrir as despesas e financiamento – lamenta o produtor.