Milho transgênico da Monsanto pode estar perdendo efeito

Sinais de lagarta de raiz teriam sido encontradas em quatro Estados norte-americanosPesquisadores da Agência de Proteção Ambiental (EPA, por sua sigla em inglês) dos Estados Unidos afirmam que uma variedade de milho geneticamente modificada pela Monsanto para resistir ao ataque de lagartas da raiz pode estar perdendo efeito. Além disso, segundo os cientistas, o monitoramento da companhia a respeito do assunto não tem sido suficiente.

Um memorando com as observações dos pesquisadores foi publicado em 22 de novembro pela The Wall Street Journal. O grupo concluiu que a Monsanto precisa reforçar seu programa de assistência. Sinais do avanço da praga foram encontrados em quatro estados do Meio-Oeste: Iowa, Illinois, Minnesota e Nebraska.

A agência não chegou a declarar que a resistência das lagartas ao milho foi confirmada. Apesar disso, os estudiosos disseram que a suspeita os levou a avaliar com mais rigor o atual programa de monitoramento da Monsanto. O Wall Street Journal informou em agosto que pesquisadores das universidades de Iowa e Illinois descobriram que lavouras cultivadas com o milho em questão estavam, inexplicavelmente, muito danificadas pela lagarta da raiz – uma das principais pragas das lavouras de milho.

Os estudiosos da EPA, entre outras coisas, disseram no memorando que a Monsanto deve iniciar pesquisa de campo aos primeiros sinais de danos causados por insetos. Nenhum pesquisador da agência estava disponível para comentar o memorando.

Companhia nega falhas de monitoramento

A Monsanto alega que seus procedimentos de monitoramento são completos. Segundo a companhia, o problema envolve apenas uma pequena fração das lavouras plantadas com o milho neste ano.

Em 2003, a empresa foi a primeira a vender sementes modificadas para resistir à lagarta da raiz. A semente contém um gene de um microrganismo do solo que produz uma proteína chamada Cry3Bb1, com a capacidade de eliminar a praga.

Agência Estado