O mercado começa a semana com atenções voltadas ao número de intenção de plantio de milho nos Estados Unidos, a ser divulgado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) no dia 29. A expectativa é de aumento de área de 90 milhões para 91/92 milhões de acres (ou de 36 milhões de hectares para 37 milhões).
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria Paulo Molinari.
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- A questão após o relatório será o clima de abril, com alagamentos no Meio-Oeste neste final de inverno. Se a entrada da primavera vier com chuvas acima do normal o plantio poderá ter atrasos.
- O plantio nos EUA começa na segunda quinzena de abril e termina em 30 de maio. Se não for possível plantar todo o cereal esperado devido à umidade em excesso, a opção será a soja, que é plantada até 15 de junho.
- O último ano de enchentes no Meio-Oeste foi em 2011, quando os preços do milho quase dobraram por conta do impasse no plantio.
- A safra argentina chegando em abril com patamares recordes é o ponto que neutraliza parte do quadro.
- O mercado interno sofre revés com o ótimo andamento da segunda safra de 2019 e pressão de venda na semana. Contudo, câmbio e mercado internacional ajudaram na semana e grandes volumes foram negociados para exportação com embarques em abril e, principalmente, junho e julho. Acredita-se que perto de 1,2 milhão de toneladas tenha sido negociado na semana para exportação.
- Os preços internos ainda dependem da colheita da “safrinha”, a partir de junho. Até lá ainda pode haver volatilidades internas regionais.
- Condições de clima perfeitos para a segunda safra de milho. Clima nos EUA e câmbio podem ajudar na formação do preço do porto e no fluxo de negócios da “safrinha”.
