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Alta nas commodities agrícolas atrai investidores

Produtos valorizaram mais que qualquer classe de ativos na BMeFCom a alta dos preços de produtos agrícolas, o mercado de derivativos ligados ao setor tem atraído cada vez mais investidores, que passaram a analisar essa modalidade de negócio como alternativa de aplicação financeira. Com isso, as commodities valorizaram mais que qualquer classe de ativos na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).

? A BM&F começa a entrar em uma fase mais forte de especulação do que apenas de previsão de valores de commodities futuras ? acredita o professor e coordenador do curso de engenharia de produção da Universidade Mackenzie, Giancarlo Pereira.

Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta segunda-feira, dia 14, ele acrescentou que a fusão com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aumenta a visibilidade da BM&F no mercado. Desta forma, haverá não apenas uma especulação maior, mas também aumento da liquidez.

 Soja

Uma das commodities com negócios bem aquecidos no Brasil é a soja. Com a maior demanda mundial e a menor oferta nos Estados Unidos, o volume exportado entre janeiro e junho deste ano foi de 20,7 milhões de toneladas, contra 19,8 milhões no mesmo período no ano passado.

O faturamento no primeiro semestre foi de US$ 9,03 bilhões de dólares contra US$ 5,39 bilhões nos primeiros seis meses de 2007, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.

Mas o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer se quiser ser um formados de preços do produto, a exemplo do que acontece com a Bolsa de Chicago (EUA). Para se ter uma idéia, a bolsa americana administra cerca de 20% dos contratos mundiais de soja, enquanto a BM&F tem nas mãos quase 10% dos contratos relacionados à safra brasileira.

? Há um mundo a ser percorrido. Se essa lição vai ser feita, é outra questão ? disse o professor Giancarlo Pereira, que acredita no potencial da bolsa brasileira de ampliar  sua influência no mercado internacional no longo prazo.

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