– Tivemos expansão na área no verão na ordem de 9%. Em contrapartida, houve perdas no Rio Grande do Sul, oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul. E, neste contexto de quebra, nós tivemos a mesma produção do verão do ano passado – aponta.
Na opinião de especialistas, a produção pode ser até mesmo superior à do ano passado, uma vez que, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safrinha deve apresentar crescimento de 13% na área plantada e de 20% em volume, totalizando mais de 25% de toneladas. Em Estados como Bahia e Mato Grosso, o avanço das lavouras de milho chega a 36%. Conforme o analista da Terra Futuros, Bruno Perottoni, o acentuado interesse dos produtores provocou falta de sementes no comércio.
– Os cerealistas em novembro e dezembro estavam comprando e já tinha gente que estava fazendo cota para vender semente para a safrinha. Está aí o reflexo no aumento da área plantada do Paraná e Mato Grosso – diz.
Pimentel acredita que os preços devem continuar em alta, mesmo que seja registrada alta na produção.
– O importante é que a demanda da Ásia segue crescendo e os Estados Unidos não têm grande possibilidade de expansão. A tendência é de mercado estável para melhor, motivando o produtor a plantar na safra de inverno – opina.
Já Perottoni prevê um segundo semestre com cotações em níveis mais baixos.
– A gente pode ver uma melhora na produtividade e um aumento na área de milho lá fora. O que seria um segundo semestre mais ofertado no mercado internacional. E, confirmando a safrinha no Brasil, você pode ver um patamar de preços mais baixos – aponta.