Dados divulgados também nesta quinta pela entidade mostram que foram licenciados no ano passado 488.874 veículos importados, ante exportações de 475.285 veículos – desde 1995 as importações de veículos não ultrapassavam o volume de vendas ao Exterior.
As importações recorde em 2009 exibem uma alta de 30,3% sobre 2008. Trata-se de uma participação de 15,6% nas vendas totais, acima dos 13,3% de 2008 e dos 11,3% indicados em 2007. Schneider acredita que em 2010 sejam licenciados cerca de 544.000 veículos importados, ou 16% das vendas totais.
Para o dirigente, quando as exportações voltarem à “velha forma” – alguns mercados, como Argentina e Equador, ensaiaram no fim de 2009 uma recuperação, segundo Schneider -, a indústria brasileira precisará de condições para fazer frente ao aumento da demanda.
? Mas é difícil a produção brasileira competir com o dólar a R$ 1,70 ? ponderou o dirigente, mencionando também as dificuldades com os gargalos na logística, o que traz custos de produção mais elevados.
? O desafio será saber se, na volta dos mercados que deixaram de comprar do Brasil, retomaremos a presença que tínhamos antes da crise ? comentou o executivo, durante entrevista à imprensa.
Ainda que não detalhe quais os pleitos que tem feito ao governo, limitando-se a dizer que buscará incentivos à produção nacional “para abastecer um mercado crescente”, Schneider destacou que é preciso “enfrentar os produtos que vêm de fora”.
? O Brasil se consolidou como o quinto maior mercado de vendas do mundo e todos vão querer vir para cá ? afirmou.
Para defender incentivos à produção nacional de veículos, Schneider observou que as montadoras têm feito investimentos relevantes no país, com aumento da capacidade produtiva, renovação da linha de produtos e aportes em engenharia de produção.