Segundo a Céleres, o milho safrinha deve ter 87,8% da área com sementes transgênicas, ou 6,9 milhões de hectares, o que aponta um crescimento de 1,2 milhão de hectares em relação ao plantio em 2011/2012.
“Para a safra verão, a expectativa é de que a taxa de adoção chegue aos 5,3 milhões de hectares, ou 64,8%, o que representa aumento de 305 mil hectares se comparado ao plantio 2011/2012”, diz a Céleres em nota.
“Somando as duas safras, 76,1% (12,2 milhões de hectares) da área total plantada com milho utilizou a biotecnologia. Há cinco anos, a adoção total era de apenas 1,2 milhão de hectares, o que demonstra o contínuo crescimento da tecnologia na agricultura.”
De acordo com Anderson Galvão, sócio-diretor da Céleres, a opção pela lavoura transgênica se deve aos ganhos em produtividade.
“Na cultura do milho tem se mostrado uma importante ferramenta para auxiliar no incremento dos indicadores de produtividade do Brasil. Além disso, tecnologias que trazem benefícios indiretos, como maior facilidade de manejo e tranquilidade na condução da lavoura, têm sido essenciais para que o produtor rural brasileiro adote a tecnologia geneticamente modificada”, explica.
No caso da soja, a previsão da Céleres é que 88,8% da estimativa atual de plantio para essa safra utilize eventos biotecnológicos, crescimento de 3 milhões de hectares. Já a cultura do algodão deve ocupar 50,1% da área total prevista para essa campanha, chegando a 546,7 mil hectares. A expectativa é de que a área semeada com algodão transgênico aumente 93,6 mil hectares, principalmente, pela maior adoção de tecnologia com tolerância a herbicidas.
Conforme o relatório, a tecnologia mais utilizada é a tolerante à herbicida, com 25,7 milhões de hectares e crescimento de 3,6 milhões de hectares em relação à adoção de 2011/2012. Em seguida, aparece a tecnologia de resistência a insetos, com 5,8 milhões de hectares e expansão de 450 mil hectares frente ao ano anterior. As tecnologias com genes combinados figuram em terceiro lugar, totalizando 5,5 milhões de hectares, com estimativa de crescer 527 mil hectares sobre o ano anterior. A consultoria ressalva que o atraso na aprovação da soja com tecnologia de genes combinados na China pode dificultar o crescimento.
O Estado de Mato Grosso segue na liderança no uso de tecnologia, com 9,9 milhões de hectares semeados com lavouras transgênicas, seguido pelo Paraná, com 6,8 milhões de hectares, e pelo Rio Grande do Sul, com 5,4 milhões de hectares.