A afirmação foi feita pelo gerente de Relações com Investidores do BB, Marco Geovanne Tobias, em teleconferência nesta quarta, dia 15, com investidores e analistas de mercado. Ele não especificou perdas dos demais bancos e ressalvou que “não há sinais de que a crise deteriore a qualidade do crédito no país”, particularmente no BB que, segundo ele, tem uma carteira de crédito “distribuída de forma equilibrada”.
Para o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais do BB, Aldo Luiz Mendes, o agravamento da crise externa abalou os setores financeiro e de câmbio. Ele entende que o governo e o Banco Central atuaram prontamente para minimizar os efeitos da crise financeira na economia real.
Mendes disse que “o mercado passa por momento delicado” e destacou que a escassez de linhas internacionais de crédito exige criatividade. Ele acrescentou que “tempos de crise favorecem instituições de reconhecida liquidez, como o Banco do Brasil, que tem captação suficiente para financiar a expansão da carteira de crédito”.
O gerente de Relações com Investidores disse que a liberação do compulsório (parte dos depósitos que os bancos têm que recolher ao BC) aumentará a liquidez do sistema financeiro como um todo. Acrescentou que o BB deve usar o reforço de caixa para alavancar ainda mais seus empréstimos a pessoas físicas e à aquisição de carteiras de crédito de outros bancos.