? Estamos convictos de que estamos criando um campeão e que será o maior exportador de carne do mundo ? disse o presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan.
? Era uma solução quase óbvia de que iríamos nos unir ? afirmou o presidente do conselho de administração da Perdigão, Nildemar Secches.
De acordo com os executivos, em curto prazo, a receita líquida da companhia poderá chegar a R$ 30 bilhões. Somente das novas fábricas da Sadia, a expectativa era incrementar em R$ 4 bilhões o faturamento no primeiro ano de funcionamento delas.
Os acionistas da Perdigão terão 68% da participação da BRF Brasil Foods, enquanto que a Sadia, 32%. O maior acionista individual será a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), com 12%. As famílias Furlan e Fontana, controladoras da Sadia, ficarão com percentual um pouco acima de 12%.
As marcas continuarão a operar separadamente e no Exterior haverá uma seleção por meio da análise de penetração de mercado. Os presidentes das duas companhias se manterão no cargo (José Antônio Fay, da Perdigão e Gilberto Tomazoni, da Sadia) e o conselho de administração da Brasil Foods será co-presidida por Furlan e Secches. O CNPJ a ser utilizado pela BRF será o da Perdigão.
A nova empresa terá mais de 116 mil funcionários. No Brasil, possui unidades nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. No Exterior, possui fábricas na Holanda, Reino Unido, Romênia e Rússia e escritórios comerciais na Alemanha, Argentina, Áustria, Chile, China, Cingapura, Emirados Árabes, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Japão, Portugal, Rússia, Turquia, Uruguai e Venezuela.