Até o momento, quatro deputados se declararam candidatos à presidência da Câmara: Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo, que já esteve no cargo para um mandato tampão de um ano e quatro meses, depois da renúncia de Severino Cavalcanti em 2005; Ciro Nogueira, do PP do Piauí; Michel Temer, do PMDB de São Paulo, que já presidiu a Câmara por duas vezes; e Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná.
Líderes de 14 partidos, entre eles o PT, apoiam oficialmente Temer, candidato que também conta com o aval do presidente Lula.
No Senado o embate promete ser mais acirrado. Na disputa estão Tião Viana, do PT do Acre, que comandou interinamente a casa durante 63 dias ao substituir Renan Calheiros em 2007; e José Sarney, do PMDB do Amapá, que já presidiu o Senado duas vezes.
O PMDB, partido da base aliada ao governo, tem a maior bancada do Senado e da Câmara, o que pelo regimento interno garante o direito de presidir as duas Casas. Tradicionalmente, no entanto, são feitos acordos para que haja uma distribuição entre os partidos. A possibilidade de o PMDB presidir as duas Casas e se tornar um partido forte para a eleição presidencial de 2010 fez com que o PSDB, partido de oposição, declarasse, nesta sexta apoio ao candidato do PT. Especulações à parte, na segunda-feira as votações secretas vão mostrar quem estará à frente do legislativo pelos próximos dois anos.