O acesso à maioria das propriedades pantaneiras continua difícil, em algumas nem de avião é possível chegar, porque as pistas foram encobertas pela água. Os produtores temem pela vida dos animais.
A água do rio Paraguai, o principal do Pantanal de Mato Grosso do Sul, continua subindo. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima que o pico da cheia na região deva acontecer na segunda quinzena de maio e inundar ainda mais as propriedades.
Ao longo da via é comum ver animais mortos e outros tentando fugir da água, que passa com força. A decoada, fenômeno natural que mata milhares de peixes todos os anos, chegou mais cedo e em maior intensidade. Isto deixa a água do rio mais escura em consequência da decomposição de material orgânico trazido dos campos para o rio, aumentando o nível de gás carbônico na água e os peixes têm de buscar a superfície para encontrar oxigênio, onde acabam morrendo.