Chuvas beneficiam trigo e milho no Rio Grande do Sul

Emater esclarece que a estimativa de bom rendimento do milho não se reflete em aumento da área, que apresenta nítida tendência de queda em relação à safra anterior

Fonte: Fernando Voss/Atalanta (SC)

A volta das chuvas em volumes regulares no Rio Grande do Sul está beneficiando o plantio da safra de milho 2017/2018 e também o desenvolvimento das lavouras de trigo, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Nas áreas próximas ao Rio Uruguai, no norte e noroeste gaúcho, a área semeada alcança 50 mil hectares.

“Para esta safra, produtores esperam alcançar produtividades médias em torno dos sete mil quilos por hectare, incluindo as áreas de milho irrigado e não irrigado”, diz a entidade.

A empresa acrescenta que a expectativa de bom rendimento não se reflete em aumento da área, que apresenta nítida tendência de diminuição em relação à safra passada. Já os preços são apontados como fator de desestímulo. 

“O preço pago aos produtores que têm milho da safra passada para venda está em apenas R$ 23,00 por saca de 60 quilos, contra os R$ 60,00 pela mesma quantidade de soja”, declara. 

Em relação ao trigo, dos 700 mil hectares semeados 85% estão em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração e o restante em enchimento do grão. A média para o período é de 68%, 25% e 7%, respectivamente.

“No geral o aspecto das lavouras melhorou com as chuvas ocorridas nas últimas semanas e com a adubação nitrogenada em cobertura. Porém, o porte das plantas na maioria das lavouras ainda é reduzido e as perdas de produtividade, devido ao baixo porte das plantas e à baixa população de plantas, poderão ser irreversíveis”, afirma a Emater. 

Em setembro, a empresa deve ter uma avaliação melhor da safra. A comercialização de trigo tem se restringido à troca de insumos para as lavouras de verão, ao preço de R$ 32 por saca.