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Colheita do milho no Rio Grande do Sul atinge 14%

De acordo com a Emater, a produtividade está dentro do esperado mesmo com a estiagem que atingiu a região

Fonte: Pedro Revillion/Palácio Piratini

A colheita do milho no Rio Grande do Sul atingiu 14% do total de sua área. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), as produtividades das lavouras têm se mantido dentro do previsto e com colheitas satisfatórias. Esses resultados não são uma surpresa, uma vez que essas lavouras completaram seu ciclo sem maiores problemas.

A atenção está voltada agora para o restante das lavouras em floração e enchimento de grãos, que perfazem 50% do total semeado nesta safra. Em parte destas lavouras há indícios de que as plantas já começam a sentir, de forma mais incisiva, os efeitos da deficiência hídrica provocada pela falta de chuvas mais abundantes e regulares.

Ao contrário de anos anteriores, dezembro registrou chuva abaixo do esperado em algumas zonas produtoras, atingindo lavouras em plena floração e formação da espiga, dependendo da região. O efeito dessa situação é refletido em espigas mal formadas e grãos menores, com pouco peso. São justamente essas lavouras que deverão amadurecer e ser colhidas daqui para diante.

Caso as condições meteorológicas adversas persistam, é provável que o estado não consiga repetir os excelentes índices obtidos nos últimos anos.

Soja
As chuvas ocorridas na última semana trouxeram um pequeno alento aos produtores gaúchos de soja, pelo menos onde ocorreram de fato, pois em muitos municípios choveu muito pouco ou mesmo nada.

Nas cultivares com período maior de crescimento até a floração, espera-se uma retomada na evolução das plantas até a plena floração, com as plantas entrando nesse estágio com maior área foliar e porte mais adequado.

Essa perspectiva ainda é possível para 60% das lavouras que se encontram em desenvolvimento vegetativo, mas ainda assim, dependerá da sequência de chuvas nos próximos dias ou semanas.

Todavia, para aquelas que se encontram em adiantado estágio de floração (30%) e em formação dos grãos (10%), as preocupações são muito grandes pelo pequeno porte das plantas, principalmente em cultivares muito precoces, o que poderá comprometer bastante a produtividade final.

Arroz
O desenvolvimento vegetativo das lavouras de arroz do Rio Grande do Sul tem melhorado nos últimos dias. A melhora é favorecida pelas condições climáticas do período, com temperatura alta e bastante luminosidade.

Há um grande desestímulo com a atividade em virtude da queda constante do preço da saca de arroz, que tem se mantido pouco acima do custo de produção, conforme apontam os institutos de pesquisa e as empresas do setor arrozeiro.

Na outra ponta, os insumos para a lavoura arrozeira não acompanharam essa queda no preço nos últimos meses, mantendo-se com preços estáveis e com viés de pequena alta em determinados produtos.

Em relação aos preços das semanas anteriores, nota-se uma manutenção dos valores das principais variedades comercializadas. Dessa forma, a perspectiva do mercado local é a estabilização do preço médio da saca de arroz para as próximas semanas.

No momento, os produtores seguem com os tratos culturais imediatamente subsequentes à semeadura, assim como os relativos à fase de desenvolvimento vegetativo, controle de invasoras e pragas, aplicação de fertilizantes em cobertura e irrigação.

A estiagem que tem afetado o desenvolvimento de outras culturas, principalmente as de sequeiro, não preocupa os orizicultores no momento. O bom acúmulo de água nas barragens e reservatórios, assim como a vazão da maioria dos rios têm dado segurança no quesito irrigação neste momento em que as lavouras entram em fase reprodutiva com mais intensidade.

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