Após quebra no último ciclo, a segunda safra de milho deve registrar recuperação em 2018/2019, para 68,5 milhões de toneladas, de acordo com a projeção de maio da consultoria INTL FCStone. O volume estimado representa aumento de 27% em relação ao ciclo passado.
Esse incremento puxaria a produção final de cereal para 96,8 milhões de toneladas, a segunda maior safra de milho da história — 19,9% superior ao volume do ano passado, 80,7 milhões de toneladas, além de estimular as exportações.
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Segundo a consultoria, é esperado que em 2018/2019, os embarques totalizem 32 milhões de toneladas, avanço de 29,2% em comparação com as 24,8 milhões de toneladas de milho exportadas no ciclo anterior.
“Além da ampla oferta, as exportações brasileiras de milho devem ser beneficiadas pela desvalorização do real em relação ao dólar”, avalia o analista de mercado Lucas Pereira.
Desde o início do ano, o cenário externo de aumento da aversão ao risco, somado ao contexto político e econômico doméstico ainda incerto, tem suportado o par dólar/real.
Com efeito, a dinâmica cambial faz com que o milho brasileiro se torne mais competitivo no mercado internacional, sobretudo em relação ao produto norte-americano. “O preço do milho para embarque em agosto desse ano já é mais barato no porto de Paranaguá do que em Nova Orleans, nos EUA, em contraposição ao o que é normalmente observado”, explica o analista Pereira.