A produção nacional de grãos está estimada em 271,7 milhões de toneladas, aumento de 5,7% ou 14,7 milhões de toneladas superior ao produzido em 2019/2020. No último levantamento, a companhia estimava um volume em 273,8 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do 8º levantamento da safra 2020/2021 de grãos, divulgado nesta quarta-feira, 12, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A posição histórica deve-se à produção recorde da soja e aumento estimado do milho total. A situação das culturas de primeira safra, com exceção do milho e arroz, estão no encerramento da colheita. Para as de segunda safra, caso do feijão, predominam os estádios de floração e enchimento de grãos.
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Já quanto ao milho segunda safra, em face do atraso na semeadura, mas com um percentual significativo de desenvolvimento vegetativo e floração, a cultura dependerá das condições climáticas. Já no caso das culturas de inverno, o plantio se intensifica este mês, mas dependerá do volume das precipitações.
Mesmo com um volume ainda recorde, em comparação com a estimativa do mês passado, nota-se uma redução de 2,1 milhões de toneladas. A redução deve-se, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, como consequência, o plantio de grande parte da área do milho segunda safra fora da janela ideal, aliado à baixa ocorrência de chuvas. Portanto, já há redução na produtividade esperada do cereal.
Área
A previsão para área plantada é de crescimento de 4,1% ou 2,7 milhões de hectares, alcançando 68,6 milhões de hectares. Os destaques são para a soja, com aumento de 4,2% ou 1,6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra com ganho de 8,8%, correspondendo a 1,2 milhão de hectares.
Para o milho, cuja produção total está estimada em 106,4 milhões de toneladas, o crescimento é de 3,7% sobre a produção de 2019/20. São produzidas 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, com previsão de 79,8 milhões na segunda safra e 1,9 milhão na terceira safra.
A soja mantém o seu destaque, com uma produção recorde estimada em 135,4 milhões de toneladas, 8,5% ou 10,6 milhões de toneladas superior à da safra 2019/20. O Brasil assegura o título de maior produtor mundial da leguminosa.
Milho
As incertezas relacionadas ao clima irão nortear as informações e a conjuntura para o cereal, particularmente em maio, período decisivo para a definição da segunda e mais importante safra brasileira de milho, podendo estabelecer novas perspectivas para a produção brasileira na temporada 2020/2021.
A colheita do milho verão, com as suas características de poder postergar, para dar espaço para outras lavouras, particularmente na concorrência com a soja, avança para o seu término nas principais regiões produtoras.
Os dados relacionados à terceira safra do cereal, cuja semeadura terá início a partir deste mês, receberão os estímulos tanto dos preços praticados atualmente quanto pela expectativa de normalização climática, nas regiões onde o plantio será exercido.
Na consolidação das três safras, o cenário atual aponta para uma produção de 106.413,5 mil toneladas de milho, representando um incremento de 3,7% em relação ao alcançado na safra passada.