O cenário pouco mudou no mercado brasileiro de milho na sexta-feira, dia 22. Os preços seguiram firmes, com consumidores ainda encontrando dificuldades de abastecimento em alguns estados, com São Paulo sendo o maior exemplo, diz o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
Do lado dos produtores, o foco está no escoamento e na comercialização da soja, o que mantém o milho estocado, aponta a Agrifatto.
“Esta semana tende a ser marcada por continuidade do movimento de alta nessas regiões. Importante ressaltar que o fluxo de embarques nos portos da região Sul segue muito acima da normalidade para essa época do ano”, afirma Iglesias.
A Agrifatto aponta que a movimentação da semana passada sugere que o mercado aguarda por novos fatores que permitam novos reajustes para cima.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 44
- Mato Grosso: R$ 26
- Porto de Santos (SP): R$ 37,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
- Porto de São Francisco (SC): R$ 37
- Veja o preço do milho em outras regiões
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mistos, próximos da estabilidade. Parte das cotações estenderam os ganhos da quinta-feira, quando foram sustentadas pela expectativa de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China possa chegar ao fim até 10 de março – data que expira a trégua provisória. Na semana, a posição março acumulou leve alta de 0,4%.
Além disso, os investidores digerem os números do Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou a área do país em 92 milhões de acres, contra 89,1 milhões previstas em 2018. O órgão norte-americano ainda indicou menor oferta em 2019/2020.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/2019, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 6 milhões de toneladas no acumulado de seis semanas encerradas em 14 de fevereiro. O maior importador foi o México, com 1,4 milhões de toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 29,2 mil toneladas. Analistas esperavam o número entre 4 e 7,25 milhões de toneladas.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,75 (-0,25 cent)
- Maio/2019: US$ 3,84 (+0,25 cent)
Soja
O mercado brasileiro de soja teve um dia mais calmo na comercialização na sexta-feira, depois da agitação da quinta que fez os preços subirem R$ 2 em algumas praças.
A volatilidade da Bolsa de Chicago e o comportamento do dólar não estimularam maiores mudanças nos preços. Segundo a Safras & Mercado, não houve negociações relevantes no encerramento da semana.
Os prêmios nos portos brasileiros mantiveram os níveis mais altos, balizados entre US$ 0,65 e US$ 0,70/bushel para embarques por Paranaguá nos próximos quatro meses, informa a Agrifatto. Mas vale destacar que um possível acordo comercial entre China e EUA deve esfriar os prêmios pagos nos portos brasileiros.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 76
- Cascavel (PR): R$ 73
- Rondonópolis (MT): R$ 69
- Dourados (MS): R$ 69
- Santos (SP): R$ 78
- Paranaguá (PR): R$ 78,50
- Rio Grande (RS): R$ 78,50
- São Francisco (SC): R$ 78
- Confira mais cotações
Os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira com preços em baixa. Em sessão volátil, o mercado chegou a subir, tentando estender os ganhos de quinta, quando pesou a expectativa do fim da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Os preços foram pressionados por um movimento de correção. Na semana, a posição março acumulou alta de 1%.
Além disso, os investidores digerem os números do Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou a área de soja do país em 85 milhões de acres, em 89,2 milhões previstas em 2018.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1º de outubro, ficaram em 6,5 milhões de toneladas no acumulado de seis semanas encerradas em 14 de fevereiro. O maior comprador foi a China, com 3,9 milhões de toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 378,6 mil toneladas. Analistas esperavam as exportações entre 6,1 e 9,6 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 0,75 centavos de dólar ou 0,08%, a US$ 9,10 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,23 3/4 por bushel, recuo de 0,50 centavo de dólar em relação ao fechamento anterior ou 0,05%.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 9,10 (-0,75 cent)
- Maio/2019: US$ 9,23 (-0,50 cent)
Café
O mercado brasileiro de café teve preços entre de estáveis a mais altos. As cotações avançaram para alguns cafés, muito mais por ajustes, retornando aos patamares do começo da semana.
A alta do arábica em Nova York contribuiu para dar suporte aos preços, assim como a demanda em algumas áreas e para alguns tipos de grãos.
No geral, o dia foi de poucos negócios. Os vendedores estão dando preferência pela negociação de lotes de qualidades mais fracas.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
- Confira mais cotações
Na Bolsa de Nova York, para o café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços mais altos. Após as perdas do dia anterior, NY teve uma sessão de recuperação técnica, fechando exatamente na linha de US$ 1 a libra-peso, patamar psicológico que vem marcando o mercado há muito tempo. Cobertura de posições vendidas garantiu sustentação às cotações.
Segundo traders, a alta do petróleo e a queda do dólar contra o real e outras moedas contribuiu para os ganhos. Entretanto, a alta foi limitada pelos fundamentos baixistas, com ampla oferta global e tranquilidade consequente no abastecimento pressionando para baixo os preços.
No balanço da semana, NY para maio ainda acumulou uma queda de 1,6%.
A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 96,45 (+0,35 cent)
- Maio/2019: US¢ 100 (+0,55 cent)
Na Bolsa de Londres, o robusta terminou o dia com preços mais altos. Segundo traders, o mercado subiu acompanhando a valorização do arábica em Nova York.
A fraqueza do dólar contra o real e outras moedas deu sustentação ao café nas bolsas. A alta do petróleo contribuiu para a subida do robusta.
Além disso, o mercado teve cobertura de posições vendidas depois das perdas da sessão anterior.
No balanço da semana, o contrato maio acumulou uma queda de 1%.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
-
- Março/2019: US$ 1.517 (+US$ 12)
- Maio/2019: US$ 1.539 (+US$ 6)
Boi gordo
Continua o marasmo no mercado do boi gordo em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria. As referências para arroba estão estáveis desde o começo da semana. “Não houve intenção dos compradores em alongar as programações de abate, portanto as ofertas de compras ao longo destes dias foram monótonas”, explicam analistas.
Sendo assim o reabastecimento dos estoques dos frigoríficos paulistas trabalhou na mesma velocidade do fluxo de vendas: devagar. As escalas estão para o começo da próxima semana, atendendo três dias no máximo.
A virada de mês e o carnaval repercutiram pouco no mercado paulista do boi nesta terceira semana de fevereiro.
Cenário oposto do observado no fechamento do mercado de sexta-feira em algumas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde as altas de preços têm ocorrido com maior força em função da dificuldade de compra.
Por fim, para a próxima semana existem condições para melhoras na precificação da arroba: aumento do consumo no mercado interno (feriado de carnaval), exportações em bons patamares e mercado interno de carne enxuto (escalas curtas e menos dias de abate).
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 140
- Dourados (MS): R$ 139
- Mato Grosso: R$ 133 a R$ 138
- Marabá (PA): R$ 131
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Paragominas (PA): R$ 137
- Tocantins (sul): R$ 135
- Veja a cotação na sua região
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,53%, negociado a R$ 3,7400 para a compra e a R$ 3,7420 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7280 e a máxima de R$ 3,7670.
Previsão do tempo para segunda-feira, dia 25
Sul
A frente fria avança ainda mais pela Região Sul, e o sistema migra as instabilidades mais intensas desde o norte gaúcho até o interior do Paraná.
Há risco para grande volume de água e risco para temporais com alagamentos, com acumulados de chuva bastante expressivos desde o noroeste gaúcho até o oeste do Paraná, garantindo um dia bastante fechado e com chuva a qualquer hora.
Enquanto que, no sul gaúcho as instabilidades diminuem, e as pancadas serão de forma pontual e isolada. As temperaturas diminuem ainda mais onde a chuva é persistente, devido ao tempo mais fechado.
Sudeste
A aproximação de uma frente fria vinda do sul do país alimenta as instabilidades no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, principalmente na faixa litorânea, onde são esperados pancadas a qualquer hora do dia. Em áreas da metade norte do Estado de São Paulo, não se descarta a condição para eventuais queda de granizo, além de descargas elétricas.
Nos demais estados da reão, as pancadas serão com menor volume de água e de forma mal istribuía.
O calor segue predominando em todo o Sudeste.
Centro-Oeste
As pancadas de chuva enfraquecem aos poucos na região, com isso são esperadas pancadas com baixo volume e de forma pontual. Apenas na faixa ao sul de Goiás, a chuva pode acontecer com trovoadas e de forma rápida e passageira.
As temperaturas seguem elevadas em todo o centro do Brasil, assim o calor predomina nos três estados.
Nordeste
Ventos em altos níveis e mais uma região de baixa pressão alimentam as instabilidades em grande parte da região. Chove mais forte na faixa norte, enquanto na Bahia as pancadas seguem pontuais, e assim o predomínio é de sol ao longo do dia, aumentando ainda mais a sensação de calor.
Norte
Chove mais uma vez em toda a Região, por conta da combinação de calor e umidade. Pode chover a qualquer hora do dia. As temperaturas seguem em elevação em todos os estado