Neste sentido, a Hortifruti Brasil, revista especializada do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) sobre o mercado hortifrutícola, realizou pesquisa em busca de compreender melhor as exigências e as especificidades dos “serviços de alimentação”, que representam todas as formas de alimentação já preparadas (obtidas em restaurantes, bares, empresas, merenda escolar e hospitais entre outros).
Ainda não há estatísticas consolidadas sobre as quantidades de consume de hortifrutis, mas dados apurados pela revista com empresas deste segmento apontam que o consumo seja de 100 a 150 gramas de hortaliças e mais 100 gramas de fruta por pessoa nas refeições coletivas. Já a média diária das refeições feitas em casa é de 80 gramas de hortaliças e 67 gramas de fruta, segundo a POF/IBGE de 2002/03.
Mayra Monteiro Viana e Renata Pozelli Sábio, da equipe do Cepea responsável pela pesquisa, explicam que o escoamento de hortifrutis através do canal de comercialização tradicional (produtor > atacado > varejo > consumo no lar) ainda é bem maior que o verificado através dos “serviços de alimentação”. O fato a ser destacado, no entanto, é o crescimento acelerado deste segmento.
Segundo o Departamento de Economia e Estatística da pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), as vendas gerais do varejo apresentaram taxa de crescimento de 7,6% ao ano entre 1997 e 2007; já o setor de Serviços de Alimentação, também segundo a Abia, cresceu em média 13,7% ao ano no mesmo período.
Estimativas da Hortifruti Brasil com base em entrevistas apontam que os hortifrutícolas representam 20% das compras de alimentos das empresas de refeições coletivas e restaurantes.
Com a crescente busca dos consumidores por conveniência, a expectativa do setor de serviços de alimentação é que o crescimento oscile entre 10 e 15% em 2009. Outro indicador que demonstra o crescimento desse setor é que o gasto com alimentação fora do lar pode atingir 40% do total que brasileiros gastam com alimentação entre 2020 e 2025, segundo projeções da Abia. Em 2003, segundo a POF/IBGE, esse dispêndio estava por volta de 25%. Desse montante, 42% eram despendidos com almoço e jantar, refeições que incluem hortifrutícolas.