Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Custo da soja deve ter alta 'preocupante' no Rio Grande do Sul

Presidente da Fecoagro, Paulo Pires, analisa por que a produção do grão deve ficar 48% mais cara nas lavouras gaúchas na safra de 2021/2022

O custo de produção de soja no Rio Grande do Sul deve ser 48,5% maior na safra de 2021/2022 em relação à temporada atual. Para o milho, o valor deve ser elevado em 52%. É o que aponta a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro).

O custo de produção da oleaginosa deve ser de R$ 5,4 mil por hectare na próxima safra, ante R$ 3,6 mil na temporada atual. Segundo o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, essa tendência é “extraordinária e preocupante”.

“Os maiores vilões são os custos dos fertilizantes, que dobraram de preço, os combustíveis, peças de máquinas e os químicos. Tudo isso levou a um aumento de quase 50% nas nossas lavouras de soja”, analisa o representante, acrescentando que o câmbio valorizado tem impacto significativo sobre os custos totais.

“A relação de troca, que o produtor valoriza muito — quantas sacas preciso produzir para pagar conta —, na cultura do milho é mais positiva”, compara Pires, pontuando que, na cultura da soja, a relação entre sacas e custos subiu 13,7% entre 2020 e 2021, de 31 para 35 sacas por hectare (custo). “No milho, foi o inverso: de 119 para 85 sacas por hectare, queda de 21%”, acrescenta.

Em relação aos fertilizantes, Pires destaca que 80% dos volumes totais já foram comprados pelo produtor no Estado. “Para os químicos, faltam 50%. Isso é preocupante, o produtor deve ficar atento”, aponta o representante.

“Outra questão a que devemos ficar atentos são os preços pagos ao produtor. Nós temos que buscar instrumentos de mercado futuro para garantir a manutenção dos preços que estão aí, porque qualquer desequilíbrio ou queda nos preços diminuirá a rentabilidade do produtor”, conclui Pires.

Sair da versão mobile