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Milho

Custo do frete pode ultrapassar o preço da saca do milho

De acordo com a consultoria INTL FCStone, situação tende a acontecer em regiões distantes dos portos e de centros consumidores

Foto: Renata Silva/ Embrapa Rondônia

A INTL FCStone elevou sua estimativa de produção total de milho do Brasil na safra 2017/2018 para 79,15 milhões de toneladas. Em junho, a consultoria havia reduzido sua projeção de produção para 78,4 milhões de toneladas, ante o levantamento anterior.

De acordo com a empresa, novos cálculos atualizaram os dados de produção do cereal de verão para 23,8 milhões de toneladas, ante 23 milhões previstos anteriormente. Foram revisados os números de produtividade no Maranhão, Piauí, Paraná e Santa Catarina. A estimativa de produção de milho segunda safra foi mantida em 55,35 milhões de toneladas.

“Mesmo não havendo mudanças no nível de produção da safrinha para o Brasil, houve ajustes em alguns estados, que se compensaram”, disse em nota a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.

Enquanto a estimativa de produção em Goiás foi elevada de 6,14 para 6,4 milhões de toneladas, a de São Paulo e de Tocantins foi reduzida. Em São Paulo também houve revisão para baixo da área plantada.

A consultoria chamou a atenção ainda para o fato de que, apesar da entrada no mercado de uma safrinha menos volumosa que a do ciclo 2016/2017, as atenções no segundo semestre devem estar centradas na demanda, uma vez que o período concentra as exportações do cereal.

Outro ponto que merece destaque é o tabelamento do frete. De acordo com Ana Luiza, a comercialização do cereal se mantém mais travada em algumas regiões. “Os impactos do tabelamento do frete tendem a ser importantes, com o custo logístico chegando a ultrapassar o preço do próprio produto em regiões distantes dos portos e dos centros consumidores”, afirma.

Demanda

As vendas externas de milho do país, de acordo com a INTL FCStone, devem somar 28 milhões de toneladas, abaixo dos 30 milhões de toneladas projetados em junho.

Em relação à demanda pelo cereal brasileiro, a consultoria manteve os números de demanda doméstica em 55 milhões de toneladas na safra 2017/2018.

Entretanto, os estoques finais na temporada atual foram elevados pela consultoria. Agora, a previsão é de 14 milhões de toneladas, ante 11,71 milhões de toneladas estimadas no início do mês passado.

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