O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, ressaltou nesta segunda, dia 6, o “extraordinário” crescimento da produção de etanol no Brasil nos próximos anos, que deverá ser puxado principalmente pela Petrobras.
? A companhia deverá ter apenas destilarias, priorizando a destinação da cana para a fabricação de etanol. Isso, unido à nova regulamentação do setor, subordinado à Agência Nacional de Petróleo (ANP), deverá equilibrar o setor ? comentou durante entrevista coletiva na sede da EPE, no Rio de Janeiro.
Segundo a projeção da EPE, do total de demanda, o anidro deverá representar 7,2 bilhões de litros, uma queda de um bilhão de litros ante o volume consumido atualmente. O maior crescimento vai se dar no hidratado, de 15,5 bilhões de litros para 55,9 bilhões de litros, puxado principalmente pelos veículos flex que devem passar a representar 78% da frota nacional em 2020, ante os 49% atuais.
Ainda segundo a EPE, para atender a este crescimento da demanda por etanol no país, a estimativa é de que a safra de cana passe dos atuais 625 milhões de toneladas para 1.126 bilhão de toneladas. Porém, com a criação de um maior número de destilarias destinadas apenas ao álcool, a projeção da EPE é de que mais cana seja destinada à fabricação de etanol do que para o açúcar.
Gráfico preparado pela EPE, com dados obtidos junto ao Ministério de Minas e Energia, aponta que a produção de cana destinada ao açúcar neste período deverá saltar 9,89%, de 283 milhões de toneladas para 311 milhões de toneladas. Já a produção de etanol deve ter um salto de 137,6% no período, de 343 milhões de toneladas para 815 milhões.