Apesar da diminuição, 243,7 quilômetros quadrados foram devastados em junho, a maior área desde o início do ano. Houve redução de 49% se os índices forem comparados ao acumulado de agosto de 2008 a junho de 2009, quando os números ultrapassaram 3.500 quilômetros quadrados. O único Estado que apresentou alta na área desmatada foi o Amazonas, com 123,3 quilômetros quadrados no acumulado do ano, crescimento de 13%.
O governo federal ainda não detectou os motivos para o aumento, mas afirma que está intensificando a fiscalização na região. A cobertura de nuvens da área analisada, que em junho de 2009 era de 43% e esse ano foi de 28%, conferiu mais precisão às informações. Outra constatação é a mudança do perfil de quem está desmatando. As propriedades com até 25 hectares, que em 2002 representavam 20% do crescimento das áreas devastadas, hoje são responsáveis por 60%.
? É o desmatamento puxadinho, que mostra que você vai agregando ao longo do tempo pequenos desmatamentos e de repente isso aparece. Temos que entender que valores econômicos estão determinando os picos de desmatamento, o que leva a essa situação do pequeno desmatamento, abaixo de 25 hectares, quais são as causas e como orientar políticas para minimizar ? diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.