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Entidades pedem mudança na venda de milho em balcão

A justificativa é que muitos suinocultores não estão conseguindo usufruir do benefício pois não possuem um documento exigido pela Conab

Fonte: Pexels

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediram nesta segunda-feira, dia 23, a reestruturação da venda de milho em balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a gerente de relações institucionais da ABCS, Ana Paula Cenci, a portaria que garante a venda do cereal, publicada no final do mês de março, é essencial para o setor suinícola. Porém, devido a necessidade de apresentar a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), muitos produtores da região Sul do país não estão conseguindo usufruir do benefício.

“Grande parcela dos produtores de suínos não se enquadra nessa categoria, pois a suinocultura exige alta tecnologia e investimentos, o que descaracteriza os produtores para ter acesso ao programa de crédito familiar”, disse.

O presidente da comissão de aves e suínos da CNA, Iuri Pinheiro Machado, argumentou que o manual da Conab deixa explícito que o produtor que não possui a DAP deve se encaixar em outros requisitos para poder ter acesso ao milho balcão, como, por exemplo, ter a renda bruta anual de até R$ 360 mil por ano.

“Nós sabemos que esse valor hoje corresponde a um produtor de aproximadamente 40 matrizes, ou seja, esse critério de renda não representa o perfil do suinocultor de atividade comercial. Dessa forma, nós solicitamos a retirada desse requisito com o objetivo de atender o setor de forma integral”, frisou.

O assessor técnico da CNA, Victor Ayres, explicou ao presidente da Conab a atual conjuntura da suinocultura brasileira. “A alta valorização do milho e a queda no preço do suíno no mercado interno são os principais motivos que estão prejudicando a capitalização do suinocultor”. Ayres complementou dizendo que objetivo da CNA é prevenir para que a situação de 2018 não seja semelhante à das últimas crises, quando foram publicadas medidas emergenciais para o setor.

O presidente e o diretor de operações e abastecimentos da Conab se comprometeram a desempenhar um estudo para verificar a possibilidade de adequar a modalidade venda balcão e garantiram que em até dez dias darão um posicionamento.

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