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Estados Unidos oferecem reduzir subvenções agrícolas para acordo na Rodada de Doha

Em troca, país quer "acesso ambicioso" a mercados membros da OMCA representante de Comércio dos Estados Unidos (EUA), Susan Schwab, anunciou nesta terça-feira, dia 22, que seu país está disposto a reduzir para US$ 15 bilhões suas subvenções agrícolas para contribuir para um acordo nas negociações da Rodada de Doha, mas esclareceu que, em troca disso, reivindica "um acesso ambicioso aos mercados".

A última proposta que os EUA tinham feito a esse respeito falava em reduzir essas ajudas para US$ 17 bilhões anuais. Atualmente, o limite dos EUA para as subvenções à agricultura é de US$ 48 bilhões, mas a representante americana reconheceu que nunca foi desembolsada essa quantia.

Por outro lado, disse que há cerca de cinco anos essas ajudas alcançaram US$ 24 bilhões, por isso ressaltou que “qualquer um que entenda sobre mercados agrícolas verá a importância do número que agora propomos”.

Este anúncio ocorreu pouco antes do início da reunião retomada hoje por ministros de cerca de 30 países da Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual todos os participantes terão que colocar sobre a mesa as ofertas finais de seus Governos.

Vários países lembraram nos últimos dias que os EUA gastam atualmente US$ 7 bilhões em subvenções à agricultura, devido aos altos preços dos alimentos nos mercados internacionais, por isso se fosse definido qualquer número superior a US$ 14 bilhões poderia até duplicar essa ajuda.

Sobre essa crítica, Schwab respondeu que “qualquer um que tenha sugerido números fora do texto (agrícola que serve de base para as negociações destes dias) não mostra esforços para concluir a Rodada de Doha”.

Adiantou que sua delegação distribuiria aos jornalistas informação que corrobora “a importância deste passo”.

O programa de ajuda da Administração do presidente americano, George W. Bush, está vinculado diretamente ao preço dos produtos agrícolas, portanto a subvenção sobe quando os valores dos bens em questão caem em nível internacional.

A representante de Comércio dos EUA disse que fazia esta oferta sem saber o que responderiam momentos depois os ministros com os quais se reuniria.

Schwab foi clara ao indicar que esta proposta deveria dar lugar a concessões dos outros países e que, nesta ocasião, todos têm que tomar “decisões difíceis”.

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