Segundo o superintendente de política e economia agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez, o aumento da demanda em relação ao milho se deve ao aquecimento do mercado mundial e à disponibilidade de estoque para atender a procura internacional.
O superintendente da Seapa afirma, ainda, que o acompanhamento dos estoques mundiais aponta para uma redução ao longo dos anos.
? Em 2001, o volume estocado de milho era suficiente para atender a demanda pelo período de 105 dias. Atualmente, o estoque garante o consumo por apenas 53 dias ? compara.
Ao mesmo tempo em que os estoques do milho vêm sendo reduzidos, aumenta a demanda pelo grão. Segundo a FAO (órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), a produção de alimentos precisa dobrar em relação ao que é produzido hoje para atender a população em 2050. Na análise do superintendente da Seapa, a migração para os grandes centros urbanos, e o crescimento da economia dos países emergentes são fatores que contribuem para o aumento dessa demanda.
Para Albanez, na medida em que a cadeia produtiva investir em tecnologia da produção, logística e aprimorar os instrumentos de comercialização, criam-se condições para atender as demandas crescentes (interna e externa), além de estabelecer parcerias comerciais duradouras.
No primeiro semestre, Minas Gerais exportou a produção de milho para 13 países. Os principais importadores foram o Vietnã (38,1%), Espanha (25,8%) e Venezuela (11,7%), Paraguai (6,6%) e Portugal (6,4%). O Estado é o terceiro produtor de milho do país, com produção aproximada de seis milhões de toneladas, que correspondem a 11% da safra nacional.