– De repente, lá na frente diremos que as exportações foram menores. Talvez sejam menores, em função da seca no Sul do país, onde a quebra foi significativa e o milho produzido em Mato Grosso e no Centro-Oeste vai suprir esta demanda – aponta.
Entretanto, sobre o futuro a médio-prazo, as projeções são otimistas. Um dos motivos é a aproximação cada vez maior com o mercado chinês. A sinalização de que o país asiático vá abrir as portas para mais frigoríficos brasileiros fornecerem carne suína oferece boas perspectivas também para produtores de milho. Isso porque ampliar as vendas de carne significa incentivar a produção e consequentemente aumentar a demanda do cereal no mercado interno. Além disso, o avanço das negociações reforça a expectativa de que as venda de milho para o mercado chinês também possam crescer gradativamente.
Para o presidente da Aprosoja, a possibilidade pode impulsionar a área cultivada com o cereal no Estado. Na safrinha deste ano, a previsão é de que as lavouras avancem 26%. E o crescimento pode voltar a se repetir futuramente, na opinião de Favaro.
– Nos próximos anos, o milho, sem dúvida, vai ser o maior crescimento na produção de grãos em Mato Grosso. A notícia de que a China, apesar de o maior produto produzido lá ser o milho, ainda vai expandir o consumo, é boa. E isso, tenho certeza, vai consolidar – afirma.
As primeiras vendas de milho produzido em Mato Grosso para a China aconteceram em 2005. Entre 2006 e 2008, não houve embarques. No ano passado, as vendas totalizaram 20 mil toneladas do produto.