? Há uma legislação que estabelece mínima e máxima. Há uma tolerância de NPK (nitrogênio, fósforo, potássio) no grão que a lei estabelece. Pode variar um pouco na formulação em cada nutriente, mas, na média, tem de fechar o percentual. De oito amostras, cinco apresentaram problemas ? explicou ao Mercado e Companhia.
A adulteração teria sido detectada, segundo Renato Rocha, depois de análises realizadas em amostras de produtos na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Ele acrescentou que o nutriente que apresenta maior índice de irregularidade é o potássio, exatamente o mais caro, e que é responsável, entre outras coisas, por garantir a resistência das plantas.
? É uma fraude. Se você vende algo, coloca na embalagem que tem uma concentração e na prática, não tem é uma fraude. O prejuízo é do consumidor final, no caso o produtor, que está comprando algo que não tem. Está sendo enganado.
Ainda de acordo com o presidente da Federarroz, outro prejuízo para o produtor é na própria lavoura. Renato rocha explicou que todos os anos, os produtores pedem que seja feita uma análise do solo para avaliar as necessidades de nutrientes e realizar a adubação. Deficiências podem afetar a produtividade.
? O produtor acaba sendo lesado de duas formas: ao comprar e na produtividade, que não vai dar aquilo que ele esperava.