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Fim do La Niña deve trazer efeito negativo para o milho segunda safra

Segundo a consultoria INTL FCStone, o regime de chuvas pode terminar mais cedo e afetar a produtividade das lavouras

Fonte: Sadi Secco/divulgação

O contexto climático deve ter grande impacto sobre o rendimento final de milho segunda safra nas próximas semanas, especialmente no Centro-Oeste. De acordo com análise apontada pela consultoria INTL FCStone, até o momento verifica-se que a umidade do solo nesta região do país tem declinado, considerando que as chuvas de março ficaram abaixo da média.

“As regiões mais atingidas estão no sudeste do Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, onde o plantio da safrinha está praticamente finalizado e as sementes agora precisam de umidade para uma boa emergência”, destacou em relatório.

Segundo os números divulgados pela consultoria neste mês de abril, a ‘safrinha’ de milho no Brasil em 2018 deve apresentar uma produtividade de 5,37 toneladas por hectare. A estimativa ainda deve passar por vários ajustes até a colheita, mas atualmente se observa um recuo de 3,4% frente ao rendimento registrado no ciclo 2016/2017.

“Espera-se um rendimento menor, porque o clima no ano passado foi próximo do ideal para a safrinha e, neste ano, foram verificados alguns atrasos na colheita de soja, o que eleva o risco da segunda safra por dificultar o plantio dentro da janela ideal”, aponta o analista de mercado, João Macedo.

As previsões climáticas para os primeiros 15 dias de abril também geram preocupação. “Não são esperados volumes significativos de chuva para algumas áreas de estados do Centro-Oeste, o que pode começar a gerar algum impacto sobre o desenvolvimento. Para outras regiões, como no centro norte do Mato Grosso, a oferta hídrica está mais confortável”, alerta a consultoria.

De acordo com a empresa, os mapas climáticos podem demonstrar um impacto do fim da La Niña, uma vez que os modelos internacionais demonstram que neste trimestre de abril, maio e junho praticamente já não há influência do fenômeno.

O fenômeno foi em grande parte responsável pela seca histórica verificada na Argentina no início do ano, contudo, depois do fim do verão, a La Niña começa a ter um efeito diferente sobre o Brasil, sendo responsável por prolongar o regime de chuvas no país, em especial no Centro-Oeste. “O fim da influência da La Niña neste trimestre pode ser negativo para a safrinha de milho, com o regime de precipitações podendo se encerrar mais cedo”, destaca Macedo.

Em relação ao impacto nos preços, observa-se que o indicativo Cepea apontou para leve baixa em abril frente à média mensal em março, reflexo da colheita da safra verão. Contudo, as cotações seguem fortalecidas diante da dificuldade de aquisição do cereal no mercado físico e também devido às incertezas ligadas à oferta da safrinha. Sem problemas climáticos, os preços devem seguir a sazonalidade nos próximos meses, recuando no segundo trimestre.

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