Quem ganhar o trecho sul do Rodoanel, com 61,4 quilômetros de extensão, fica obrigado a construir 42,4 quilômetros do trecho leste em até 36 meses, a contar da assinatura do contrato. O projeto demandará investimentos totais de R$ 5 bilhões, mais uma outorga fixa de R$ 370 milhões e o pagamento mensal, de praxe no setor, de 3% da receita bruta do pedágio e das receitas acessórias da administradora dos trechos.
Dado o forte fluxo de veículos na região, a licitação dos trechos sul e leste do Rodoanel é muito esperada pelas empresas. O projeto visa aliviar o tráfego das marginais da cidade de São Paulo. Contudo, por exigir a construção, do zero, de infraestrutura rodoviária no trecho leste, o projeto embute riscos mais pronunciados que outros do gênero.
Além de risco de construção civil, o mercado está atento a riscos potenciais com desapropriações, que consumirão R$ 1,157 bilhão do total de R$ 5 bilhões que será investido pela iniciativa privada. Deverão ser desapropriadas 1.071 edificações para a construção do trecho leste, em 743 hectares, das quais 72% estão em área urbana. Os custos adicionais com desapropriações serão arcados pelo vencedor da licitação dos trechos leste e sul do Rodoanel.