A forte retração reforçou argumentos da equipe de Miguel Jorge em prol de maior agilidade na elaboração de medidas que deem mais fôlego aos exportadores para recuperar ao longo do ano parte dos mercados perdidos no ano passado. Estimativas para o desempenho da balança em 2010 apontam para retração no saldo comercial. Para o ministro, o superávit deve ficar entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões. Analistas e empresas consultadas pelo Banco Central apostam num superávit de US$ 10,75 bilhões.
Nessa quarta, dia 20, Miguel Jorge evitou detalhar o plano em gestação. Disse que a ideia é incluir desonerações para produtos exportados e medidas para “facilitar o fluxo de comércio”. Um dos temas a serem tratados é o acúmulo de créditos tributários das empresas exportadoras com a Receita Federal.
O Desenvolvimento quer que a Fazenda adote mecanismos para uma devolução rápida dos recursos, que hoje chegar a demorar até seis anos. Os técnicos querem medidas que minimizem a geração desses créditos, o que depende de maior desoneração dos exportadores e da ampliação de mecanismos como o drawback (sistema pelo qual a mercadoria importada para a fabricação de produtos para exportação tem isenção de alguns tributos). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.