A verba tem o papel de preservar os preços do arroz no mercado, abalado pelo excesso de chuvas decorrentes do fenômeno El Niño, pelo dólar baixo e previsão de redução nos preços internacionais.
Outros R$ 600 milhões ainda podem ser liberados, caso os preços ao produtor fiquem abaixo dos R$ 23. Para Renato Rocha, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), o volume é suficiente para os produtores na modalidade.
– São satisfatórios. O ano passado não usamos tudo isso, ficamos em R$ 528 milhões – disse.
A expectativa de preços mais altos no mercado interno, no entanto, não é garantia de queda nos embarques, de acordo com Rocha. Isso porque parte dos produtores e agroindustrias já têm embarques programados e outros devem optar por realizar as vendas para manter os clientes internacionais.
A ideia de preservar mercados fora do país também pode provocar uma ação do governo, garante Signor. Se o cenário de mercado prejudicar as exportações, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pode realizar leilões de parte dos estoques de 1 milhão de toneladas exclusivamente para vendas externas.