No documento, os técnicos do Imea afirmam que as projeções confirmam o grande potencial de crescimento do agronegócio de Mato Grosso, mesmo diante das atuais restrições ao uso da terra. Eles fazem a ressalva sobre o fato de estimativas estarem baseadas nos projetos de infraestrutura logística atualmente em andamento, como os corredores das BR-158 e BR-163.
? A não finalização desses projetos reduz as estimativas, da mesma forma que a introdução de novos (ainda como proposta) interfere de forma positiva no desenvolvimento, aumentando a participação de Mato Grosso no contexto mundial da produção de alimentos ? diz o estudo.
O Imea prevê que nos próximos dez anos a soja continue sendo a atividade mais importante em termos de área de cultivo em Mato Grosso, com um crescimento linear de 2,5% ao ano, passando dos atuais seis milhões de hectares para 7,7 milhões de hectares. Os técnicos do Imea observam que a projeção da taxa de crescimento da soja leva em conta os projetos atuais de infraestrutura logística para exportação e também a elevação no consumo mundial da oleaginosa.
? O limite mínimo, de 1,5% ao ano e máximo de 3,5% ao ano, dependerá fundamentalmente do avanço dos projetos logísticos ? afirma o documento.
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Um dado importante é a projeção de aumento da produtividade média das lavouras de soja que, em função dos avanços tecnológicos, deve passar das atuais 50 sacas por hectare para 58 sacas nos próximos dez anos.
Milho
Em relação ao milho safrinha, o Imea prevê um crescimento na produtividade da ordem de 3% ao ano, devido à introdução de novas variedades de sementes com maior tecnologia. A produtividade do milho safrinha deve passar dos atuais 76 sacos por hectare para 91,4 sacos por hectare.
O Imea também projeta um aumento de 58% na área plantada de milho, de 1,7 milhão de hectares para 2,7 milhões de hectares. A participação na área cultivada com soja deve passar dos atuais 28% para 35% em dez anos. Os técnicos comentam que a participação não será maior por causa da concorrência com o cultivo do algodão de segunda safra e a utilização de outras forrageiras no processo de rotação de culturas.
