O Comitê de Perspectiva da Agricultura da China (CAOC) manteve a perspectiva de produção e importação de milho do país para o ano de comercialização 2020/2021 (outubro-setembro) inalterada em sua última pesquisa, mesmo que vários indicadores estejam apontando para maiores importações.
De acordo com reportagem da Agência S&P Global Platts, no momento, a colheita de milho está basicamente acabada. “Embora a região nordeste tenha sido atingida por um tufão no estágio inicial, a produção e a qualidade reais não foram significativamente afetadas”, disse o CAOC, no relatório.
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A produção de milho da China é vista em 264,71 milhões de toneladas em 2020/2021, em comparação com 260,77 milhões de toneladas em 2019/2020, enquanto a importação está prevista em 7 milhões de toneladas em 2020/21, abaixo dos 7,6 milhões de toneladas em 2019/2020, segundo dados do CAOC.
No entanto, os preços do milho no mercado interno têm subido desde fevereiro, e em outubro, o preço nacional ficou em torno de US$ 362 por tonelada, o maior desde agosto de 2015, indicando aperto na oferta no mercado.
Enquanto a China mantém oficialmente a perspectiva de importação em 7 milhões de toneladas em 2020-21, as vendas de milho dos Estados Unidos para a China indicam um quadro diferente.
As vendas de milho dos Estados Unidos para a China foram de 8,56 milhões de toneladas em 2020/2021 a partir de 29 de outubro, de acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).
A China deve importar 13 milhões de toneladas de milho em 2020/2021, contra 7,6 milhões de toneladas em 2019/20, de acordo com o Serviço Agrícola Estrangeiro do USDA divulgado em 10 de novembro.
“O aumento das importações de milho é parcialmente baseado nos dados do Departamento de Estatísticas da China e das inspeções de grãos dos Estados Unidos até o início de novembro, que indicam que as importações excederão em muito o nível de cota tarifária (TRQ) de 7,2 milhões de toneladas no ano civil de 2020. Não houve declarações públicas que indiquem que o contingente adicional tenha sido alocado pela Comissão Nacional de Reforma do Desenvolvimento, a autoridade que rege os TRQs”, diz o relatório da FAS.
A China também manteve a previsão de consumo para 2020/2021 inalterada em 288,17 milhões de toneladas contra 278,30 milhões de toneladas em 2019/2020.