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Incidência de raiva no meio rural ainda é preocupante

Campanhas de vacinação contra a doença são organizadas anualmente, em todo o Brasil.Esta terça, dia 28, é o Dia Mundial da Raiva, uma doença grave, transmitida por morcegos. Nas cidades, as campanhas de vacinação reduziram o número de casos, mas nas áreas rurais a incidência ainda preocupa.

Causada por um vírus, a raiva afeta o sistema nervoso, provoca paralisias, ataques de fúria, crises epiléticas e leva à morte dos animais. Nos humanos os sintomas vão desde alteração da sensibilidade, perda de coordenação motora até o coma.

? É uma doença invariavelmente fatal tanto para animais quanto para seres humanos. A prevenção é sempre a melhor orientação ? explica o professor de veterinária da Universidade de Brasília (Unb), Cristiano Melo.

Para facilitar o controle, especialistas dividem a doença em raiva urbana (de cães e gatos), rural (de bois, cavalos e ovinos) e silvestre (normalmente encontrada em raposas e saguis). Em todos os casos, o transmissor é o morcego hematófago, que ao sugar o sangue dos animais, transmite o vírus da doença.

As campanhas de vacinação contra a raiva são organizadas anualmente, em todo o Brasil. Cachorros e gatos domésticos são vacinados de graça. A mobilização tem conseguido controlar a doença na maioria das cidades. Mas a raiva ainda faz vítimas, principalmente na zona rural das regiões Norte e Nordeste.

? Porque as pessoas estão mais acostumadas com animais soltos, extremamente livres, então eles caminham muito e tem contato com outros animais, também mais sujeitos ao morcego ? diz o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio Moura.

A imunização de bois e cavalos é em novembro. O Brasil se comprometeu internacionalmente a erradicar a raiva até 2012. A meta que só será cumprida se as pessoas se conscientizarem da gravidade da doença, explica o médico epidemiologista, José Ricardo.

? Aquelas pessoas que lidam, no dia a dia, com herbívoros, equinos e que tem contato com secreção, saliva, especialmente de animais adoentados devem se vacinar. Se é uma rotina delas trabalharem nesse ambiente, devem fazer a vacinação para a pré-exposição, ou seja, tomar as vacinas antes para manter um nível de proteção para numa situação excepcional já estarem protegidas.

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