O encontro fechado reunirá em grupos de trabalho dirigentes e representantes dos órgãos similares do Inpi e do CNPq de 28 países da América Latina, além de conferencistas da Finlândia, dos Estados Unidos e da Suíça, onde está a sede da Ompi.
O coordenador da Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Inpi, Araken Lima, disse que a propriedade intelectual vem ganhando maior importância nos últimos tempos.
? Um dos conteúdos principais nas transações comerciais é o conhecimento. E os países se esforçam para que seus produtos cada vez ganhem mais conteúdo de conhecimento tecnológico. Então, a propriedade intelectual é um ativo importante para viabilizar as transações ? afirma.
A ideia, disse Lima, é juntar as instituições latino-americanas congêneres do CNPq que já têm ações de financiamento e estímulo à pesquisa e fazer com que elas comecem a incorporar estudos de propriedade intelectual, proteção ao conhecimento e transferência de tecnologia.
? Queremos congregar esses setores para que isso reverta no desenvolvimento tecnológico de toda a problemática da propriedade intelectual.
O Inpi já tem acordo de cooperação firmado com o CNPq, que prevê a abertura de editais para financiar bolsas de estudo para alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado que desenvolvam pesquisas nas áreas de propriedade intelectual, transferência de tecnologia e patentes.
? A gente quer ver se os outros países da América Latina também fazem um modelo como esse ? explica o coordenador.
Serão respeitadas, contudo, as especificidades de cada país, salientou Lima. A meta é buscar um modelo de interação entre as instituições que aponte para um objetivo único: o desenvolvimento científico e tecnológico.
? Será bom para a gente sair um pouco desse conteúdo de vendedores eternos de commodities sem muito conteúdo tecnológico, para incorporar mais tecnologia nas nossas transações comerciais internacionais ? ressaltou.
Outro objetivo é promover a capacitação de recursos humanos na área da propriedade intelectual. Lima observou que, se os pesquisadores aprendessem a olhar para as informações contidas no sistema de patentes do Inpi antes de iniciar seus estudos, iriam desperdiçar menos tempo no desenvolvimento de trabalhos que já foram feitos.