? O desperdício de água no planeta é muito grande e ao mesmo tempo a maior dificuldade para os governantes tem sido encontrar soluções para o esgoto doméstico e fazer o saneamento básico. Com esse vaso sanitário podemos atacar na raiz esses problemas ? conta Mário.
O invento é composto de uma plataforma com cilindro de aço inox na parte inferior. Nesse local fica também um motor que vai ser responsável pela mistura das fezes no composto de areia e cal. Nesse sistema, há o vaso sanitário e uma minifábrica de espuma ligada a um compressor, que hoje é uma adaptação de um aparelho de nebulização caseiro. E há também um mictório, pois a idéia é manter separadas as fezes da urina.
A lógica do invento, explicada por Mário, é usar pouca água no vaso e ainda aproveitar os dejetos humanos.
? Como as fezes são levadas para um local próximo do vaso, ou seja, o cilindro que fica logo abaixo dele, não precisamos de toda a quantidade de água que é jogada pelas privadas convencionais. Nessas, a água tem a função de levar os dejetos para fossas, o que não ocorre na privada ecológica ? explica.
Além de eliminar o excesso de água das descargas convencionais, o invento permite o uso do dejeto humano como adubo.
? A privada tem dois compartimentos: um para urina e outro para as fezes. É essa divisão que permite que as fezes caiam sozinhas na caixa de areia e cal. Essa mistura pode ser usada como adubo ou voltar para a construção civil para fazer reboco, por exemplo ? conta. Segundo Mário, a mistura não tem cheiro nem bactérias.
Para uma casa com cinco pessoas, uma mistura de três quilos de cal e três quilos de areia é suficiente para manter o banheiro por 30 dias. Após o período é necessário recolher o pó que fica misturado no cilindro. Já a urina vai para um reservatório de dez litros. O invento não trabalha a urina para seu reaproveitamento, mas Mário diz que se uma empresa fabricar o produto poderá filtrar a urina para aproveitamento da uréia.
A limpeza da privada é feita pela espuma que é levada até o vaso pela força de um compressor. Na privada, há uma saída para a espuma que escorre por todo o vaso e faz a lavagem com pouquíssima água.
? A proposta é não poluir nada e é a solução para o rejeito humano, para os esgotos que em muitas cidades correm a céu aberto trazendo doenças ? defende.
Agora, Mário está em busca de parceiros que queiram transformar o invento ecológica em um produto.
? Quero colocá-la no mercado e por isso estou buscando apoio de empresários que comprem essa idéia ambientalmente correta ? diz. A engenhoca ecológica está exposta no estande do Sebrae do Estado de Rondônia durante o Amazontech 2008.