O Japão também proibiu as vendas de leite produzido em Fukushima. Suspeita-se que a usina nuclear da Tokyo Electric Power em Daiichi seja a fonte das contaminações de alimentos. O complexo sofreu avarias após o terremoto que atingiu o país no dia 11.
? Especialistas concordam que consumir esses alimentos em algumas ocasiões não causa impacto na saúde. Portanto, pedimos às pessoas que respondam calmamente, sem reação excessiva (ao alerta do governo). Se pode consumir os produtos já distribuídos e não haverá impacto adverso na saúde ? informa o secretário-chefe de gabinete, Yukio Edano.
Alimentos contaminados já chegaram a Tóquio. Foram detectados níveis acima do padrão de iodina-131 no vegetal folhoso shungiku, ou garland chrysanthemum, vendido na capital. A província de Fukushima também emitiu alerta nesta segunda para os níveis elevados de radiação na água encanada. Moradores do vilarejo de Iitatemura, em Fukushima, foram recomendados a não beber água da torneira, por precaução. Um porta-voz esclareceu que a radiação na água não pode ser filtrada ou tratada.
? A grande questão é que a quantidade não representa risco imediato à saúde ? declarou uma autoridade do Ministério da Saúde, ponderando que o risco maior está em consumir água contaminada durante um período prolongado.
O Japão não é um grande exportador agrícola, o que leva a crer que a contaminação continuará sendo uma questão interna. Maior parceira comercial dos japoneses, a China importou apenas US$ 593 milhões em produtos agrícolas do país no ano passado. Mesmo assim, muitos países estão avaliando os produtos importados do Japão, temendo a contaminação. Taiwan, Índia, Coreia do Sul e Austrália anunciaram o início de testes nos produtos japoneses.