? Precisa melhorar a logística, os portos, ter mais investimento em mão de obra e resolver o problema do câmbio.
Quanto à mão de obra, o executivo citou como exemplo uma situação vivenciada pela empresa.
? Estamos com três mil vagas disponíveis, principalmente de chão de fábrica, e não há gente para completá-las ? afirmou.
? Nós estamos crescendo e começa a faltar mão de obra nas unidades.
Segundo o diretor de Planejamento e Relações com Investidores da companhia, Ricardo Florence, as três mil vagas abrangem o complexo Seara/Marfrig, que totaliza 34 unidades (14 da Seara e 20 da Marfrig) em 15 Estados brasileiros, em várias funções.
? As vagas são para atender tanto a demanda interna quanto a externa e têm a ver também com a nossa expansão em bovinos, frangos e suínos no Brasil ? explica Florence.
Segundo ele, além de faltar pessoas nas cidades em que a empresa atua, “geralmente de densidade populacional pequena”, ocorre competição com a indústria local. No Brasil, a companhia emprega 50 mil pessoas e globalmente são 90 mil funcionários.
O conselheiro da Marfrig Alimentos e ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, que também participou do evento, disse que a empresa está tranquila em relação ao novo governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).
? As regras do jogo econômico deverão ser respeitadas. Tenho certeza de que o risco Brasil convergirá ou para o zero ou para patamares de países desenvolvidos. Essa é uma das características que vemos no próximo governo que dá segurança a grupos como a Marfrig ? disse.
Segundo ele, além da segurança com o novo governo, a empresa está preparada para eventuais turbulências mundiais e trabalha com o real mais valorizado.
? As empresas hoje precisam aprender a lidar com uma moeda mais valorizada. Essa é a nova realidade econômica e mundial ? declarou.