A divulgação do relatório trimestral de estoques de milho que será realizada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta segunda-feira, 30, vai dar o tom do mercado na próxima semana. No Brasil, produtores estão de olho na meteorologia, já que as chuvas ainda estão irregulares em boa parte do Centro-Sul.
Confira os fatos que devem mexer com as cotações de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias:
- O tom pessimista se estendeu no decorrer da sessão da última sexta-feira, 27, avaliando a expectativa em relação ao relatório trimestral de estoques, que será divulgado pelo USDA na próxima segunda-feira, 30;
- De acordo com analistas e traders consultados por agências internacionais, o USDA deve indicar estoques de 2,436 bilhões de bushels de milho, acima dos 2,14 bilhões de bushels indicados em 1º de setembro de 2018;
- O clima também é fator determinante, avaliando a projeção de frio intenso para o Meio Oeste norte-americano, nos modelos de 8 a 14 dias;
- O quadro se torna preocupante à medida que a colheita vem fluindo com maior lentidão, se comparada a anos anteriores;
- Portanto, o acompanhamento dos números divulgados no relatório semanal de evolução da colheita também é preponderante para a formação de tendência de curto prazo.
- Os produtores brasileiros seguem optando pela retenção como estratégia recorrente, dado o volume de chuvas irregular ao longo do terceiro trimestre sobre uma grande parcela do Centro-Sul;
- O plantio deve se iniciar em algumas localidades do Sudeste e do Centro-Oeste do país nos próximos dias, a partir das primeiras chuvas registradas na última semana;
- A situação ainda está longe de uma regularização. No entanto, a meteorologia aponta que o Paraná, boa parte do Sudeste e parte de Mato Grosso do Sul terão chuvas mais regulares em outubro. A dúvida e a preocupação estão com a maior parcela do Centro-Oeste;
- Essas condições aumentam os temores em relação ao primeiro quadrimestre de 2020.