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Milho

Milho 2ª safra: perdas causadas pelo clima seco reduzem estimativa para 65,3 milhões de t

Área plantada aumentou em 1,25 milhão de hectares em relação à safra passada, chegando a 14,7 milhões de hectares, ou 9% a mais, segundo a consultoria Agroconsult

A estiagem acentuada em vários estados deve fazer com que a produção de milho segunda safra some 65,3 milhões de toneladas. A estimativa divulgada pela Agroconsult nesta quinta-feira, 24, representa uma queda de 900 mil toneladas desde que a consultoria deu início à expedição Rally das Safras em maio, para aliar as lavouras do milho safrinha pelo país. O total levantado é, além disso, inferior em cerca de 10 milhões de toneladas em relação ao volume divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a segunda safra da temporada 2019/2020.

A área plantada teria aumentado em 1,25 milhão de hectares em relação à safra passada, chegando a 14,7 milhões de hectares, ou 9% a mais. De acordo com a consultoria, a estimativa atual para a produção brasileira é 22% inferior à projetada em janeiro. Uma das particularidades desta segunda safra teria sido o plantio mais tardio da história, expondo grande parte da área a um risco climático elevado.

A falta de chuva de março afetou sensivelmente o rendimento em algumas regiões, segundo o levantamento. As produtividades médias são projetadas em 58 sacas por hectare no Paraná e em 54,5 sacas por hectare no Mato Grosso do Sul, as mais baixas desde 2008/09, segundo a consultoria. Em relação à safra passada, as quebras também são expressivas em Minas Gerais (56,6 sacas por hectare, 41% abaixo da safra anterior), Goiás (67,8 sacas por hectare, queda de 35%) e São Paulo (60 sacas por hectare, redução de 18%).

Para a consultoria, no entanto, com exceção do Paraná e de Mato Grosso do Sul, na maioria dos estados o desempenho das lavouras deve fechar a temporada em patamares superiores aos de 2015/16, outra safra marcada pela falta de chuva. Além disso, os resultados de Mato Grosso ajudam a limitar a quebra de produção. A estimativa para a produtividade média no estado é de 94,5 sacas por hectare – 14% abaixo da safra anterior, mas longe de ser um desastre.

Rondônia, por outro lado, é um dos estados onde os resultados foram melhores em razão do clima mais regular. Ali, a estimativa de produtividade média foi de 85,7 sacas por hectare, recorde para o estado.

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