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Milho: câmbio deixa insumo mais barato e custo de produção da segunda safra cai

De acordo com boletim do Imea, estimativa é 0,2% abaixo da prevista anteriormente

Fonte: Renata Silva/ Embrapa Rondônia

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) voltou a revisar para baixo sua estimativa para o custo de produção do milho de alta tecnologia da safra 2017/2018 em Mato Grosso. A expectativa agora é de um custo de produção de R$ 2.562,65 por hectare, 0,2% abaixo da estimativa anterior, ou R$ 5,72, e abaixo da previsão para a safra 2016/2017, consolidada em R$ 2.718,55/ha. Os dados foram divulgados no boletim semanal do instituto sobre o cereal.

De acordo com o Imea, a redução da estimativa se baseou, entre outros fatores, na despesa com insumos, agora estimada em R$ 2.146,61 por hectare, recuo de 0,6% ante a previsão de junho. “Tal variação foi pautada na baixa do dólar no julho, que pressionou o custo dos insumos”, disse o instituto no boletim. 

Considerando a produtividade média do milho de alta tecnologia para a temporada 2017/2018, de 116,6 sacas por hectare, o ponto de equilíbrio (valor da saca que cobre o custo de produção) é de R$ 21,27 por saca, de acordo com a entidade. “Com este ponto de equilíbrio, considerando o cenário de preços baixos, é importante que o produtor fique atento para aproveitar as melhores oportunidades no mercado para viabilizar a safra 2017/2018”.

O instituto apontou também que o cenário de preços em Mato Grosso continuará desafiador. A produção de milho do estado representa 28,5% de toda a colheita de milho do Brasil e 41,1% da segunda safra produzida no país. “A perspectiva é de que o cenário no estado continue desafiador até um reequilíbrio na balança de oferta e demanda”, estimou o Imea. 

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