A colheita de milho no cinturão produtor norte-americano continua no foco das atenções do mercado. Outro assunto que norteia os negócios com o cereal é a nova etapa de conversações entre os Estados Unidos e a China.
Acompanhe a seguir os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado.
- Mercado externo acompanha a colheita nos Estados Unidos, onde os trabalhos de campo já atingiram 63% da área. Chuva, frio e neve vêm contendo o ritmo das máquinas.
- O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a ser divulgado na próxima quinta-feira, dia 8, poderá cortar um pouco o número de produção de milho, sem alterar profundamente os dados referentes a estoques.
- Contudo, as exportações dos EUA estão muito baixas, o que dificulta enxergar um horizonte para preços favoráveis.
- A sinalização de uma nova etapa de negociações entre EUA e China anima a Bolsa de Chicago. Além disso, a reunião do G20 (grupo formado por representantes das 20 economias mais importantes do planeta) no final de novembro pode trazer alguma surpresa.
- O mercado brasileiro ainda apresenta pressões regionais de venda. Tradings com altas posições para venda em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sugerem manutenção do interesse de venda ainda até o final do ano.
- As fixações de preço nas cooperativas e cerealistas diminuíram e é possível que as cotações paralisem o movimento de baixa, porém ainda sem força para altas.
- As exportações brasileiras do cereal foram calculadas em 3 milhões de toneladas em outubro, com fila de embarque de 3 milhões de toneladas para novembro, um fluxo normal para o período.
- A entrada da safra de soja em janeiro, com implicações nos fretes e na logística devem voltar a paralisar o interesse de venda de milho, onde os preços podem voltar a subir.
- A safra de verão está em bom andamento de plantio e clima muito favorável, apesar da área discreta no milho.