Milho

Milho: FCStone reduz projeção de produção em safrinha do Brasil

A previsão de produtividade também foi cortada, de 5,43 toneladas por hectare para 5,34 de toneladas por hectare

Colheita de milho em lavoura
Foto: Governo de Minas Gerais

A consultoria INTL FCStone reduziu sua estimativa de produção de milho segunda safra para 71,389 milhões de toneladas, ante 72,583 milhões de toneladas projetadas no início de maio, em relatório divulgado na noite desta segunda-feira, 1º de junho. A previsão de produtividade também foi cortada, de 5,43 toneladas por hectare para 5,34 de toneladas por hectare, conforme a consultoria em nota.

A área plantada foi levemente revisada para cima – a projeção agora é de 13,373 milhões de hectares, ante 13,372 milhões de hectares estimados o mês passado. O corte nas projeções, de acordo com a INTL FCStone, foi necessário em virtude de ajustes para baixo nas produtividades esperadas para Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mesmo após a ocorrência de chuvas na segunda quinzena de maio, com a chegada de uma frente fria.

“O clima mais favorável ao desenvolvimento do cereal em outros estados, como Mato Grosso, impediu cortes mais expressivos na produção da segunda safra de milho”, ponderou a consultoria em relatório. Com relação à primeira safra de milho da temporada 2019/20, a consultoria elevou levemente sua estimativa de produção, para 26,199 milhões de toneladas, ante 26,191 milhões de toneladas no mês passado, em virtude de ajustes nas estimativas de produção em Minas Gerais, de 4,794 milhões de t para 4,802 milhões de t.

Considerados os ajustes na primeira e na segunda safras, a projeção de produção total de milho no País foi reduzida para 98,76 milhões de toneladas, 1,2% abaixo do previsto no início de maio. O cálculo inclui, inclusive, a estimativa de 1,17 milhão de toneladas feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a terceira safra.

A INTL FCStone manteve a estimativa de exportação de milho na temporada 2019/20 em 35 milhões de toneladas, volume que representa queda de 15% em relação ao volume embarcado na safra passada. “Apesar da desvalorização do real (ante o dólar) em 2020, que favorece a competitividade cereal brasileiro, a safra recorde norte-americana ainda poderá pesar sobre o volume dos embarques do Brasil”, ponderou a consultoria no relatório.

A consultoria informou ainda que segue acompanhando os impactos da pandemia do coronavírus sobre a demanda por milho, mas que, de momento, não fez novos cortes nos números relacionados ao consumo interno. Os estoques finais da safra 2019/2020 foram reduzidos para 7,7 milhões de toneladas (contra 10,93 milhões de t no ciclo 2018/19), em razão da revisão da produção nacional de milho.