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Milho

Milho: navio com 35 mil toneladas da Argentina descarrega em Paranaguá

Com a oferta interna bastante apertada, as importações do cereal crescem mais de 40% no primeiro quadrimestre deste ano, segundo dados da Secex

A oferta de milho no mercado brasileiro está escassa. Os efeitos são sentidos, principalmente, pelo setor de proteína animal, que assistiu o cereal subir mais do que as carnes nos últimos 12 meses. Dessa forma, é natural que a indústria busque alternativas de abastecimento.

Nesta sexta-feira, 21, um navio está descarregando cerca de 35 mil toneladas no Porto de Paranaguá, no Paraná, vindo de Rosário, na Argentina. De acordo com a Portos do Paraná, que administra Paranaguá, a operação acontece no berço 206, e a empresa responsável pela carga é a Cargill.

Este é o primeiro de quatro navios com o cereal esperados pela empresa para desembarcar no porto paranaense até o fim do ano, segundo a Portos do Paraná, estatal que administra os portos de Paranaguá e Antonina. Pelas quatro embarcações, devem chegar cerca de 150 mil toneladas de milho.

A segunda carga, de 34 mil a 40 mil toneladas, também virá da Argentina e deve chegar ao porto paranaense na próxima segunda-feira, 31 de maio. A origem do grão dos outros dois navios ainda não foi definida, mas a perspectiva é de que seja também a Argentina. O terceiro navio deve chegar em junho e o quarto, em julho.

De acordo com o analista de mercado Enio Fernandes, da Terra Agronegócios, o Brasil deve importar 2 milhões de toneladas neste ano. “Nós não temos milho suficiente para chegar até a entrada da segunda safra. O grosso da safrinha só entrará em julho, então teremos um buraco no abastecimento”, diz.

Fernandes acredita que as importações devem crescer em maio. “Já deve ter um volume contratado que não chegou ao Brasil. Leva cerca de 30 dias para esse milho sair da Argentina e chegar ao Brasil”, comenta, acrescentando que as empresas precisam acelerar as compras.

Milho no acumulado do ano

A baixa oferta de melhor se deve, entre outros fatores, à exportação aquecida. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 3 milhões de toneladas de milho no acumulado do ano até abril, quase 19% maior do que no mesmo período do ano passado. Em receita, o crescimento é de 30%, saindo de US$ 520,8 milhões para US$ 743,7 milhões.

Em volume, os três maiores compradores do milho brasileiro neste período foram Egito (770 mil toneladas), Vietnã (524,5 mil toneladas) e Irã (507 mil toneladas).

Percentualmente, as importações aumentaram mais do que as exportações nos quatro primeiros meses de 2021. Segundo dados, 758,4 mil toneladas, alta de 40,5% frente às 451,4 milhões de toneladas trazidas do exterior entre janeiro e fevereiro do ano passado. Em receita, a valorização foi de 48%, passando de R$ 69 milhões para R$ 133,4 milhões de toneladas.

O principal fornecedor de milho para o Brasil no quadrimestre foi o Paraguai, com 758 mil de toneladas. Na sequência, os Estados Unidos aparecem com 254 mil toneladas e a Argentina com 187,8 mil toneladas.

Os embarques dos Estados Unidos devem aumentar por causa da necessidade da indústria, segundo o analista de mercado. Porém, isso pode não durar muito. Ao comprar milho americano, o Brasil aquece a demanda, já pressionada pela China, e pode provocar altas em Chicago. “O preço pode subir, dificultando a importação pelo custo”.

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