O governo de São Paulo, entidades e empresas ligadas ao agronegócio lançaram neste quinta-feira (28) um programa destinado a elevar a produção anual de milho no estado das atuais 3,3 milhões de toneladas para 11 milhões de toneladas até 2030. A iniciativamilho foi anunciada na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e reúne, além da Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista, a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e as empresas Corteva Agriscience, Valtra e Yara.
Batizado de Milho+ SP, o programa prevê o fomento à adoção de tecnologias em pequenas propriedades para o aumento da produção local e ao cultivo do milho por grandes empresas do agronegócio instaladas em São Paulo. A iniciativa pretende envolver 100 mil agricultores e um milhão de hectares.
O programa envolve diferentes etapas, como conhecimento agronômico e manejo ideal para a lavoura, adoção tecnológica de insumos e equipamento/maquinário, acesso ao crédito e ao seguro, treinamentos e conexão com indústrias e tradings para escoar a produção.
Segundo estimativa da consultoria Horizon Company, atualmente, o estado de São Paulo consome 8,9 milhões de toneladas de milho. A diferença entre consumo e produção, da ordem de 5,6 milhões de toneladas, é suprida pelo grão de outros estados. De acordo o estudo, São Paulo possui 15,8 milhões de hectares para lavoura, com 5,4 milhões de hectares já ocupados pelo cultivo de cana-de-açúcar.
O Milho+ SP deve ser iniciado no noroeste paulista, em regiões que apresentam aptidão e cenário positivo em logística, clima e mercado consumidor