- Boi: arroba tem acomodação após recordes
- Milho: bushel bate máxima de fechamento do ano em Chicago
- Soja: queda do dólar diminui ritmo dos negócios no Brasil
- Café: arábica sobe no Brasil e no exterior
- No exterior: Jerome Powell diz que recuperação econômica dos EUA ainda está desequilibrada
- No Brasil: Ibovespa volta a fechar acima de 118 mil pontos após quase 2 meses
Agenda:
- Brasil: IPCA de março (IBGE)
- Brasil: INPC de março (IBGE)
- EUA: relatório de oferta e demanda mundial de grãos (USDA)
Boi: arroba tem acomodação após recordes
O indicador do boi gordo do Cepea registrou uma leve alta dos preços e mostra uma certa acomodação após os recordes dos últimos dias. A cotação variou 0,16% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,3 para R$ 316,8 por arroba. Algumas consultorias já relatam uma pequena melhora na oferta em alguns estados, mas ressaltam que os frigoríficos seguem com dificuldades de compor as escalas.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 se recuperaram parcialmente da queda do dia anterior e tiveram valorização. O vencimento para abril passou de R$ 316,75 para R$ 317,90, o para maio foi de R$ 313 para R$ 313,85 e o para outubro, de R$ 325,5 para R$ 326,9 por arroba.
Milho: bushel bate máxima de fechamento do ano em Chicago
Os contratos futuros do milho em Chicago registraram forte alta e renovaram a máxima histórica de fechamento deste ano. Os preços seguem no patamar mais alto desde junho de 2013. O vencimento para maio subiu 3,43% e foi de US$ 5,604 para US$ 5,796 por bushel. O mercado se prepara para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta sexta.
No Brasil, os preços seguem avançando no mercado físico e no futuro. O indicador do Cepea renovou o recorde histórico da série e passou de R$ 95,32 para R$ 95,49 por saca. Na B3, o vencimento para maio registrou o maior ajuste desde que é negociado e passou de R$ 98,94 para R$ 99,86 por saca.
Soja: queda do dólar diminui ritmo dos negócios no Brasil
A queda do dólar em relação ao real diminuiu o ritmo dos negócios no mercado brasileiro de soja, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. De uma maneira geral, a coleta de preços da empresa mostrou oscilação negativa para a oleaginosa nas principais praças do país. Porém, as cotações seguem regionalizadas e apenas nominais.
Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 168 para R$ 167. Em Cascavel (PR), foi de R$ 164,50 para R$ 164. No porto de Paranaguá (PR), ficou estável em R$ 162. Por fim, em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 165 para R$ 164.
Café: arábica sobe no Brasil e no exterior
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do café tiveram dia de firmeza no mercado brasileiro e ficaram entre estáveis e mais altos. Apesar da queda do dólar em relação ao real, as cotações foram impulsionadas pela alta no exterior. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 720/725 a saca, no comparativo com R$ 710/715 do dia anterior.
Em Nova York, como dito anteriormente, os contratos futuros do café arábica fecharam o dia em movimento de alta. O vencimento com entrega para maio subiu 0,87% e passou de US$ 1,2675 para US$ 1,2785 por bushel.
No exterior: Jerome Powell diz que recuperação econômica dos EUA ainda está desequilibrada
Nesta quinta-feira, 8, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell, reafirmou em debate realizado online pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que a recuperação econômica do país ainda está desequilibrada e incompleta. Portanto, o Fed deverá oferecer suporte à atividade econômica, isto é, seguir com política monetária expansionista e com seu programa de compras de ativos, enquanto for necessário.
A declaração vista pelos investidores como uma nova defesa pela manutenção dos juros baixos animou os mercados e trouxe redução nas taxas futuras dos Títulos do Tesouro norte-americano. Na agenda econômica desta sexta, destaque para a inflação ao produtor de março e vendas no atacado de fevereiro nos Estados Unidos.
No Brasil: Ibovespa volta a fechar acima de 118 mil pontos após quase 2 meses
O índice Ibovespa voltou a fechar acima de 118 mil pontos pela primeira vez desde o dia 19 de fevereiro, com uma valorização no dia de 0,59%, o índice fechou o pregão aos 118.313 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 1,23% e ficou cotado a R$ 5,574. O principal assunto no mercado brasileiro segue sendo a discussão em torno do Orçamento para 2021, impasse entre governo e Congresso que parece longe de ser resolvido.
Na agenda econômica de hoje, sexta-feira, 9, o destaque é a divulgação do IPCA de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na quinta, dois diretores do Banco Central enfatizaram que o plano principal é de um aumento de 0,75 ponto percentual na próxima reunião e que apenas algo muito diferente do projetado atualmente alteraria isso. Portanto, a inflação torna-se muito importante para avaliar se o BC conseguirá manter o planejamento atual.